quarta-feira, 28 de julho de 2010

Preparação para Corrida do Centro Histórico de São Paulo (4)

Hoje à noite, caminhei uns 5 km e corri 2 km (bem leve), só para soltar a musculatura.

Amanhã é dia de descansar o corpo. Inclusive vou rever um grande amigo à noite e tomar uns 'gatorades' de cevada...

Mas, depois correrei mais 3 dias seguidos.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Preparação para Corrida do Centro Histórico de São Paulo (3)

Yes!

Corri hoje à noite 30' ou cerca de 5 km. Consegui emplacar o terceiro dia de atividade física seguido.

E nada como um prato de arroz com feijão no almoço e na janta, que é o que estou precisando ultimamente. O bom e velho prato brasileiro que nos fornece proteína e carboidratos.

É isso.

Vamos ver o que faço na quarta-feira.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Preparação para corrida e romaria em agosto/2010


Pois é, tenho dois desafios para os próximos 21 dias.

Daqui a duas semanas vou participar da Corrida do Centro Histórico de São Paulo - são 9 km. Tenho pouquíssimo tempo para adaptar minha condição física para a corrida.

Na semana seguinte, saio da casa de minha mãe em Uberlândia-MG para a caminhada até Água Suja, em mais uma romaria. Serão 85 km direto, sem dormir até chegar.

Tenho que seguir uma disciplina de caminhadas e corridas com muita firmeza nessas 3 semanas, pois estou fora de forma e preciso ao menos soltar meu corpo e musculatura, perder uns dois quilos e melhorar meu sistema cardiorespiratório.

Treino 1
No domingo, corri 3 km na praia de São Conrado-RJ. Estava lá participando da Conferência Nacional dos Bancários.

Treino 2
Hoje, corri 4 km em circuito de 500 metros no Parque Continental perto de casa.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Chegando ao RJ para Conferência Nacional dos Bancários

Fotos de William MendesChegada ao Rio de Janeiro.
Vejam que maravilhoso, o Maracanã!

O Maracanã, com bela vista ao redor.
O Rio de Janeiro continua lindo...
O Rio de Janeiro
continua sendo
O Rio de Janeiro
fevereiro e março



Alô Alô realengo
Aquele abraço
Alô torcida do Flamengo
Aquele abraço
(...)
Todo o povo brasileiro
Aquele abraço.

(trecho da canção Aquele Abraço, Gilberto Gil)


quarta-feira, 21 de julho de 2010

English class 3, 4, 5

Estudamos um texto nas últimas aulas sobre o governo Lula e o Brasil. Estava em uma revista comercial encartada no Financial Times.

THE NEW BRAZIL / COMMENT

A NATION'S DESTINY

President Luiz Inácio Lula da Silva describes his achievements in reviving a stagnant economy and raising his countrymen from poverty

Vocabulário:
Achievements = realizations
Countrymen = fellow people (conterrâneos)
Raising = elevation
Reviving = (restaurar)

WHEN I LOOK back on my seven years as president of Brazil, i have great reason to be proud of the achievements of my government. In that time, we have returned to growth an economy that had long been stagnant, taken tens of millions of people out of absolute poverty, created more than 14m formal jobs and increased workers' incomes. Today, most Brazilians are members of the middle class. Our internal market has also grown exceptionally, which was crucial in protecting Brazil from the worst effects of the global financial crisis.

Vocabulário:
In that time = during this period
Incomes = (rendimentos)
Income = come in
Input = put in
Output = put out
Income tax = (imposto de renda)
Income and jobs = (emprego e renda)
Internal market = domestic market (é mais comum nos Estados Unidos)
Exceptionally = dramatically (não quer dizer dramático!)

Most Brazilians = generally speaking (a maioria dos brasileiros)

We did this while keeping inflation under control, reducing the ratio of debt to gross domestic product and rebuilding the regulatory functions of the Brazilian state.

Vocabulário:
Por que 'We did this' e não 'We made this'?
É como se Lula respondesse a uma pergunta: What do/did you do?

GDP = PIB
Gross Domestic Product = Produto Interno Bruto
Ratio of debt = a proporção da dívida/ a razão da dívida
Ratio of debt to gross domestic product = a relação dívida/PIB (no Brasil é 37%)

We set in motion a powerful process to improve our infrastructure - in energy, housing and social assets - through the accelerated growth programme. As part of this, we are eliminating the bottlenecks that have affected our competitiveness in the past - what is often called the "Brazil cost".

Vocabulário:
Assets = ativos
Assets and liabilits = ativos e passivos
Accelerated growth programme = PAC - Programa de Aceleração do Crescimento
Bottlenecks = (gargalos)

I am the first president of Brazil without a university degree, yet my government has built the most universities, and ensured they open their doors to hundreds of thousands of young poor people.

Vocabulário:
Yet = tanto pode ser 'ainda' como 'porém' - aqui, porém...
Ensured = to ensure = guarantee/secure... insurance

Sintaxe e morfologia:
Hundreds of thousands
Tens of thousands
Several billions
BUT
14 million (singular)
10 billion (singular)

Brazil has also been able to substantially reduce its vulnerability to external shocks. We are no longer debtors, but have become international creditors. There is no little irony in the fact that the union leader who once shouted "IMF out!" in the streets has become the president who paid off Brazil's debts to the same institution - and ended up lending it $14bn.

Vocabulário:
We are no longer debtors = we are no debtors anymore
There is no little irony = (tá dizendo que é uma grande ironia!)
Union leader = (liderança sindical)
Pay off = (quitar, pagar totalmente)
IMF = FMI

It is particularly satisfying to have led these changes while strengthening democracy. The tough criticism i have faced from the opposition and from sections of the media are testament to the health of Brazil's democracy.

Vocabulário:
Media = mídias (seria a grande mídia aqui no Brasil.
Medium (sg) e Media (pl) MAS no Brasil dizemos MÍDIA com sentido de toda a mídia.

Tough criticism = forte crítica (tough = taff / taff man)

Continua outro dia...

O valor das PALAVRAS na Educação e na Comunicação

Foto de Luís de Camões. Fonte: wikipédia
O uso inapropriado das PALAVRAS e certas afirmações na educação escolar podem levar ao preconceito

Li um texto na apostila da escola de meu filho - o COC. O texto fala sobre "A arte da palavra" e utiliza como materiais de referência o soneto de Camões, que fala sobre o amor, e uma pintura muito famosa de Michelangelo - A criação de Adão - feita no teto da Capela Sistina.

Soneto de Luís de Camões (1524-1580)

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Informações da apostila:

"O soneto de Camões fala de um tema muito precioso para a poesia de todas as épocas: o Amor.

O poema procura definir determinado 'tipo' de amor, aquele existente entre duas pessoas*, sentimento "muito confuso". Pensando nele, paramos para refletir: o que faz o homem*, desde épocas muito distantes, cultivar como uma bela flor este sentimento tão confuso?"

*COMENTÁRIO:
PALAVRAS APROPRIADAS
Aqui o material didático usa as palavras de forma apropriada. O tipo de amor é "entre duas pessoas". o termo "o homem" aqui quer dizer o ser humano.

Segue a apostila:

"O amor não é apenas o sentimento do homem por uma mulher de quem goste*. Ele é um sentimento forte, sublime, agradável, vasto e delicado. Por ser tão extenso, podemos expressá-lo de várias formas."

*COMENTÁRIO:

Logo em seguida, o texto já limita o "tipo de amor" entre pessoas, sendo somente entre "homem e mulher". Como a comparação que quer se passar é que existe amor também entre Deus e o ser humano, e demais tipos de amor (pela natureza, por exemplo), começa aqui uma construção velada de que o "tipo de amor" (normal?) entre pessoas seria entre "homem e mulher".

Seria fácil manter a neutralidade na didática usando a referência "amor entre duas pessoas", PONTO!

Foto de A criação de Adão, de Michelangelo Buonarroti, na Capela Sistina, Vaticano, Itália. Fonte: wikipédia

Segue a apostila:

"Tomando por base a Bíblia e a religião cristã, o artista italiano Michelangelo (1475-1564) criou, no teto da Capela Sistina, em Roma, exemplo belíssimo do amor de Deus pelos homens, o afresco A criação de Adão*."

*COMENTÁRIO:

Pergunto: o que tem a ver a pintura feita por Michelangelo com um "exemplo de amor de Deus pelos homens"?

Tá certo que a bíblia passa mensagens de amor de Deus pelos humanos, mas é meio forçação de barra afirmar que a criação artística de Michelangelo é exemplo de amor de Deus.

Segue a apostila:

"O texto de Camões recebeu nova "roupagem" na década de 80, quando o grupo de rock brasileiro Legião Urbana gravou a música Monte Castelo, usando palavras do poema e alguns trechos da Bíblia (I Epístola de São Paulo aos Coríntios, capítulo XIII). Essa música é a fusão perfeita dos dois amores de que falamos: o amor de um homem por uma mulher e o de Deus pelos homens*."

*COMENTÁRIO:

A apostila poderia muito bem ter mantido a forma com que começou o texto, falando do amor entre duas pessoas. SERIAM PALAVRAS MAIS APROPRIADAS para permitir a DIVERSIDADE DE ORIENTAÇÃO SEXUAL entre as pessoas e, principalmente, entre os jovens que por ela estudam.

A afirmação final é tão inapropriada que Renato Russo, o saudoso autor da letra e líder da banda de rock Legião Urbana, citada pelo texto, já afirmava nos anos 80 gostar "de meninos e meninas".

Penso que todos os avanços já conquistados pela sociedade contemporânea, no que diz respeito à diversidade e à alteridade, devem ser utilizados na educação da juventude. Só assim poderemos buscar o socialismo democrático e um outro mundo possível, com pessoas mais conscientes e integradas a um planeta terra que pertence a todos - seres humanos de todas as raças, credos e diversidades várias - e que deve ser preservado e usufruído por todos - humanos, fauna e flora.

Referências usadas:
Wikipédia
Apostila COC

segunda-feira, 19 de julho de 2010

A linguagem do preconceito no jornalismo brasileiro


Este texto de Bernardo kucinski, foi publicado originalmente na Revista do Brasil, edição de janeiro de 2008 e na Carta Maior.

Ele é um texto de formação basilar para mim. Eu o recomendo a todas as pessoas que se interessam pelo tema preconceito, comunicação, filologia e que são contrárias ao modus operandi do PIG - Partido da Imprensa Golpista -, contra todos que participam e pertencem aos movimentos sociais no Brasil e no mundo.


DEBATE ABERTO

A linguagem do preconceito no jornalismo brasileiro

Virou moda dizer que “Lula não entende das coisas”. Ou “confundiu isso com aquilo”. É a linguagem do preconceito, adotada até mesmo por jornalistas ilustres e escritores consagrados.

Data: 21/01/2008


Um dia encontrei Lula, ainda no Instituto Cidadania, empolgado por um livro de Câmara Cascudo sobre os hábitos alimentares dos nordestinos. Lula saboreava cada prato mencionado, cada fruta, cada ingrediente. Lembrei-me desse episódio ao ler a coluna recente do João Ubaldo Ribeiro, “De caju em caju”, em que ele goza o presidente por falar do caju, “sem conhecer bem o caju”. Dias antes, Lula havia feito um elogio apaixonado ao caju, no lançamento do Projeto Caju, que procura valorizar o uso da fruta na dieta do brasileiro.

“É uma pena que o presidente Lula não seja nordestino, portanto não conheça bem a farta presença sociocultural do caju naquela remota região do país...”, escreveu João Ubaldo. Alegou que Lula não era nordestino porque tinha vindo ainda pequeno para São Paulo. E em seguida esparramou-se citações sobre o caju, para mostrar sua própria erudição.

Estou falando de João Ubaldo porque além de escritor notável, ele já foi um grande jornalista. Outro jornalista ilustre, o querido Mino Carta, escreveu que Lula “confunde parlamentarismo com presidencialismo”. "Seria bom”, disse Mino, “que alguém se dispusesse a explicar ao nosso presidente que no parlamentarismo o partido vencedor das eleições assume a chefia do governo por meio de seu líder...”. Essa do Mino me fez lembrar outra ocasião, no Instituto Cidadania, em que Lula defendeu o parlamentarismo. Parlamentarista convicto, Lula diz que partidos são os instrumentos principais de ação política numa democracia. Pelo mesmo motivo Lula é a favor da lista partidária única e da tese de que o mandato pertence ao partido. Em outubro de 2001, o Instituto Cidadania iniciou uma série de seminários para o Projeto Reforma Política, que Lula fazia questão de assistir do começo ao fim. Desses seminários resultou o livro de 18 ensaios, “Reforma Política e Cidadania", organizado por Maria Victória Benevides e Fábio Kerche e prefaciados por Lula.

Se pessoas com a formação de um Mino Carta ou João Ubaldo sucumbiram à linguagem do preconceito, temos mais é que perdoar as dezenas de jornalistas de menos prestígio que também dizem o tempo todo que “Lula não sabe nada disso, nada daquilo". Acabou virando o que em teoria do jornalismo chamamos de “clichê”. É muito mais fácil escrever usando um clichê porque ele sintetiza idéias com as quais o leitor já está familiarizado, de tanto que foi repetido. O clichê estabelece de imediato uma identidade entre o que o jornalista quer dizer e o que o leitor quer compreender. Por isso, o clichê do preconceito “Lula não entende” realimenta o próprio preconceito. (o sublinhado é do blog)

Alguns jornalistas sabem que Lula não é nem um pouco ignorante mas propagam essa tese por malandragem política. Nesse caso, pode-se dizer que é uma postura contrária à ética jornalística, mas não que seja preconceituosa. Aproveitam qualquer exclamação ou uso de linguagem figurada de Lula, para dizer que ele é ignorante. “Por que Lula não se informa antes de falar?, escreveu Ricardo Noblat, quando Lula disse que o caso da menina presa junto com homens no Pará “parecia coisa de ficção” . Quando Lula disse, até com originalidade, que ainda faltava à política externa brasileira achar “o ponto G”, William Waack escreveu : “Ficou claro que o presidente brasileiro não sabe o que é o ponto G”. . .

Outra expressão preconceituosa que pegou é “Lula confunde”. A tal ponto que jornalistas passam a usar essa expressão para fazer seus próprios jogos de palavras. “Lula confunde agitação com trabalho”, escreveu Lúcia Hipólito. Ou usam o "confunde" para desqualificar uma posição programática do presidente com a qual não concordam... “O presidente confunde choque de gestão com aumento de contratações”, diz José Pastore. Confunde coisa alguma. Os neoliberais querem reduzir o tamanho do Estado, o presidente quer aumentar. Quer contratar mais médicos, professores, biólogos para o Ibama. É uma divergência programática. Carlos Alberto Sardenberg diz que Lula confundiu a Vale com uma estatal. “Trata-a como se fosse a Petrobrás, empresa que segundo o presidente não pode pensar só em lucro, mas em, digamos, ajudar o Brasil”. Esse caso é curioso porque no parágrafo seguinte o próprio Sardenberg pode ser acusado de confundir as coisas, ao reclamar da Petrobrás contratar a construção de petroleiros no país dela, apesar de custar mais. Não tem confusão nenhuma, assim como Lula também não fez confusão. Lula acha que tanto a Vale quanto a Petrobrás tem que atender interesses nacionais. Sardenberg acha que ambas devem pensar primeiro na remuneração dos acionistas.

A linguagem do preconceito contra Lula sofisticou-se a tal ponto que adquiriu novas dimensões, entre elas a de que Lula tem até problemas de aprendizagem ou compreensão da realidade. Ora, justamente por ter tido pouca educação formal, Lula só chegou onde chegou por captar rapidamente novos conhecimentos, além de ter memória de elefante e intuição. Mas na linguagem do preconceito, “Lula já não consegue mais encadear frases com alguma consequência lógica”, como escreveu o Paulo Ghiraldelli, apresentado como filósofo na página de comentários importantes do Estadão. Ou, como escreveu Rolf Kunz, jornalista especializado em economia e também professor de filosofia: “Lula não se conforma com o fato de, mesmo sendo presidente, não entender o que ocorre à sua volta”.

Como nasceu a linguagem do preconceito? As investidas vêm de longe. Mas o predomínio dessa linguagem na crônica política só se deu depois de Lula ser eleito presidente, e a partir de falas de políticos do PSDB e dos que hoje se autodenominam Democratas: “O presidente Lula não sabe o que é pacto federativo, disse Serra, no ano passado”. E continuam a falar: “O presidente Lula não sabe distinguir a ordem das prioridades”, escreveu Gilberto de Mello”. O presidente Lula em cinco anos não aprendeu lições básicas de gestão”, escreveu Everardo Maciel na Gazeta Mercantil.

A tese de que Lula confunde presidencialismo com parlamentarismo foi enunciada primeiro por Rodrigo Maia, logo depois por César Maia, e só então repetido por jornalistas. Um deles, dias depois dessas falas, escreveu que “só mesmo Lula, que não sabe a diferença entre presidencialismo e parlamentarismo, pode achar que um governante ter a aprovação da maioria é o mesmo que ser uma democracia no seu sentido exato...”.

O pre-conceito é juízo de valor que se faz sem conhecer os fatos. Em geral é fruto de uma generalização ou de um senso comum rebaixado. O preconceito contra Lula tem pelo menos duas raízes: a visão de classe, de que todo operário é ignorante, e a super-valorização do saber erudito, em detrimento de outras formas de saber, tais como o saber popular ou o que advém da experiência ou do exercício da liderança. Também não aceitam a possibilidade das pessoas transitarem por formas diferentes de saber.

A isso tudo se soma o outro preconceito, o de que Lula não trabalha. Todo jornalista que cobre o Palácio do Planalto sabe que é mentira, que Lula trabalha 12 a 14 horas por dia, mas ele é descrito com frequência por jornalistas como uma pessoa indolente.

Não atino com o sentido dessa mentira, exceto se o objetivo é difamar uma liderança operária, o que é, convenhamos, uma explicação pobre. Talvez as elites e com elas os jornalistas, não consigam aceitar que o presidente, ao estudar um problema com seus ministros esteja trabalhando, já que ele é “incapaz de entender” o tal problema. Ou achem que ao representar o Estado ou o país, esteja apenas passeando, porque onde já se viu um operário, além do mais ignorante, representar um país?


(Todos os sublinhados são do blog)

domingo, 18 de julho de 2010

Corrida "rara" em semana corrida

Só hoje consegui fazer uma corrida leve de 3 km. Está difícil conseguir achar folga na agenda para praticar esporte e caminhada.

O pior é que faltam poucos dias para a corrida de 9 km do centro histórico de São Paulo. Também vou fazer a romaria em MG na semana seguinte à corrida e não estou bem fisicamente.

BAH!!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Hoje, eu não fiz a diferença


Quando eu era criança, caiu na porta de casa uma rolinha ferida com um corte no papo, de onde saíam as sementinhas que ela havia comido.

Eu a peguei, limpei o ferimento, costurei a pelinha do papo com a ajuda de minha mãe e a deixamos em uma caixa de sapato para se recuperar.

Aparentemente, o único ferimento que ela tinha era mesmo o papinho rasgado. Horas depois, ela estava melhor e voou para a antena da casa vizinha e depois para o mundo.

Eu fiz a diferença para aquele passarinho.


Hoje, dia chuvoso e frio no centro de São Paulo, eu voltava do almoço acompanhado de colegas de meu trabalho. Um deles, quase pisou em um filhote de passarinho, encolhido no vão do degrau de uma cafeteria. Vimos que estava vivo. Provavelmente, caiu de alguma árvore.

Eu o peguei do chão, preocupado em alguém pisar nele e esmagá-lo. Fiquei com ele na mão, meio sem saber o que fazer. Acabei por procurar um lugar para abrigá-lo, achei um local na praça, uma espécie de caixinha de hidrante, com uma área interna protegida da chuva e o deixei ali.

Depois do café, já meio pensativo se não poderia fazer algo mais, voltei até o local e pensei se não deveria levá-lo na mão até meu trabalho e, sei lá, colocá-lo em uma caixinha e tentar alimentá-lo.

Eu não fiz isso. Fiquei indeciso e não fiz nada.

Voltando, o pessoal ainda comentou que a natureza é assim mesmo e que ele vai ser comida de rato hoje e depois o rato comida de gato...

Cara, vim embora no trem lembrando do filhote de passarinho.

É evidente que eu o deixei lá para a morte. Na minha mão, ele poderia ter uma chance. Ali, ou morreria de frio ou comido.

Cheguei a minha casa muito mal. Me sentindo um bosta!

Eu não fiz o possível por aquele passarinho. Que merda!

Hoje, eu não fiz a diferença.


TIRANDO LIÇÕES SINDICAIS E DE VIDA MILITANTE

Ainda remoendo o peito e tentando tirar alguma lição do fato, penso que faltaram duas atitudes comuns nas crianças e que perdemos quando nos tornamos adultos:

- a simplicidade. A criança sente vontade de algo e vai logo fazendo se não lhe põem freio. Lembrei-me da historinha da criança que salvava uma conchinha na praia em milhões delas, mas salvava uma conchinha!

- a descomplicação. A criança não fica fazendo conta e calculando dificuldades nas coisas. Não fica vendo impossibilidades em tudo.


Hoje, faltou-me um coração de criança e uma atitude militante decisiva. Hoje, eu não fiz a diferença!

domingo, 11 de julho de 2010

ESPANHA, CAMPEÃ MUNDIAL DE FUTEBOL!!

Fotos de William Mendes Plaza de Toros, en Madrid.

Plaza Mayor

Palacio Real

Guernica de Picasso, Museo Reina Sofía.

EL DOS DE MAYO DE 1879
EN ESTA CASA,
CARECIENDO LOS TRABAJADORES
DE LIBERTAD PARA REUNIRSE Y ASOCIARSE
SE FUNDO CLANDESTINAMENTE
EL PARTIDO SOCIALISTA OBRERO ESPAÑOL.

(Estou com meus amigos Álvaro e Soraya na famosa casa onde foi criado o Partido Socialista Espanhol. A frase acima está escrita em uma placa no estabelecimento.)


Não poderia deixar de parabenizar os espanhois pela conquista de hoje de sua primeira Copa do Mundo de futebol.

Estive lá em 2009 e guardo boas recordações e lá deixei companheiro(a)s do movimento sindical, irmanados que somos na luta de classes.

Antonio Candido: Humanismo e Socialismo


Homenagem a Antonio Candido.
Foto: FPA

Estou fuçando em meus papéis, pilhas de papéis, para dar um jeito de reduzi-los, haja vista que já está difícil transitar em minha casa.

Peguei um texto de 14 páginas para ler sobre o mestre Antonio Candido. Eu o imprimi da internet faz quase um ano. São algumas citações de Candido postas no blog Viva Babel. O blog, por sinal, é muito bom e eu o recomendo aos amantes da cultura.

Cito aqui algumas frases também citadas no Blog sobre o texto de Candido "O direito à literatura", no livro Vários Escritos (São Paulo, Duas Cidades, 1995) e também de seu discurso feito no recebimento do troféu Juca Pato em 2008.

O PODER DOS CLÁSSICOS

O poder universal dos grandes clássicos: "ultrapassam a barreira da estratificação social e de certo modo podem redimir as distâncias impostas pela desigualdade econômica, pois têm a capacidade de interessar a todos e devem ser levados ao maior número".

CONCEITO DE HUMANIZAÇÃO

"O processo que confirma no homem aqueles traços que reputamos essenciais, como o exercício da reflexão, a aquisição do saber, a boa disposição para o próximo, o afinamento das emoções, a capacidade de penetrar nos problemas da vida, o senso de beleza, a percepção da complexidade do mundo e dos seres, o cultivo do humor. A literatura desenvolve em nós a quota de humanidade na medida em que nos torna mais compreensivos e abertos para a natureza, a sociedade, o semelhante".

SER ESSENCIALMENTE PROFESSOR

Antonio Candido por si mesmo: "Tenho gosto e vocação para transmitir aos outros o que sei, e como costumava dizer Antônio de Almeida Júnior, o professor não é obrigado a criar saber, mas sim a transmiti-lo. Esta foi a tarefa que sempre me atribuí". (Antonio Candido em entrevista concedida em jun/1993 a Gilberto Velho e Yonne Leite, do Museu Nacional da UFRJ)

UM LEITOR CRÍTICO QUE VIROU PROFESSOR DE LITERATURA

Antonio Candido fala de como passou de "crítico titular" do jornal Folha da Manhã a professor de literatura.

"Foi nessa tarefa, não na Universidade, que me formei como crítico, pois sou licenciado em Ciências Sociais, não Letras, e naquele tempo (anos 40) dava aulas de Sociologia. O meu tirocínio foi portanto adquirido dentro da tradição franco-brasileira do jornalismo, o que me ensinou antes de mais nada a procurar clareza e simplicidade na escrita. Sou, portanto, um crítico de jornal que passou mais tarde ao ensino da literatura, o contrário do que é frequente em nossos dias".

COMENTÁRIO DO BLOG: que tristeza ver o que virou a grande imprensa e os jornalões após a eleição do presidente Lula no Brasi a partir de 2002. A imprensa comercial virou um Partido da Imprensa Golpista (PIG) e deixou de fazer o bom e velho jornalismo que tanto contribuía até para a formação social e da sociabilidade. Foi-se o tempo do jornalismo das grandes empresas...

INTELECTUAL SOCIALISTA CONTRA A DITADURA DO ESTADO NOVO

"Aquele momento era de intensa politização dos intelectuais, segundo o espírito predominante no decênio que sucedeu ao movimento armado de 1930. Eu embarquei nesse rumo, politizando talvez um pouco demais a minha atividade crítica, mas correspondendo assim ao ânimo de militância que era o dos intelectuais contrários à ditadura do Estado Novo. Afinado com as tendências radicais do momento, assumi então posições socialistas que não abandonei mais e continuam a nortear as minhas convicções relativas à necessidade de transformar profundamente a nossa sociedade desigual e mutiladora".

TRADIÇÃO DO HUMANISMO OCIDENTAL PÓS SÉCULO XVIII

"Segundo a qual o homem é um ser capaz de aperfeiçoamento, e que a sociedade pode e deve definir metas para melhorar as condições sociais e econômicas, tendo como horizonte a conquista do máximo possível de igualdade social e econômica e de harmonia nas relações. O tempo presente parece duvidar e mesmo negar essa possibilidade, e há em geral pouca fé nas utopias. Mas o que importa não é que os alvos ideais sejam ou não atingíveis concretamente na sua sonhada integridade. O essencial é que nos disponhamos a agir como se pudéssemos alcançá-los, porque isso pode impedir ou ao menos atenuar o afloramento do que há de pior em nós e em nossa sociedade. E é o que favorece a introdução, mesmo parcial, mesmo insatisfatória, de medidas humanizadoras em meio a recuos e malogros. Do contrário, poderíamos cair nas concepções negativistas, segundo as quais a existência é uma agitação aleatória em meio a trevas sem alvorada".

COMENTÁRIO FINAL

Como disse um dia desses em uma postagem, nos enaltece como seres humanos termos entre nós pessoas como Eric Hobsbawn, Antonio Candido, Nelson Mandela, Maria da Conceição Tavares, Noam Chomski, Luís Inácio Lula da Silva, dentre outros ícones humanistas que nos ajudam a pensar e refletir sobre o "mundo mundo vasto mundo" (Drummond) que habitamos.

E não podemos perder a Utopia, pois acredito que outro mundo é possível!


Post Scriptum (17/1/16):

Relendo esta postagem mais de cinco anos depois, gostei muito dela. Muito atual! Alguns ícones meus morreram neste período como, por exemplo, Hobsbawn, Mandela e Saramago, mas a necessidade de acreditar num mundo mais humanista segue firme e imprescindível.

William

Post Scriptum 2 (18/1/16):

Fui reler horas depois a postagem novamente e acabei indo estudar o incômodo que me causava a palavra "papeis" escrita sem o acento agudo em meu texto de 2010.

Segundo o Novo Acordo Ortográfico, que entrou em vigor em 2009, a palavra "papéis" continua sendo acentuada, porque só caíram os acentos dos ditongos abertos OI e EI quando estão na posição de paroxítonas; eles continuam na posição de oxítonas.

Desculpem a falha gramatical formal (eu sinceramente não ligo para isso, mas sei que muitos leitores ligam).

William


Post Scriptum 3 (0:33h de sábado 13/5/17):

Faleceu nesta sexta-feira 12 de maio, aos 98 anos de idade, o professor Antonio Candido. Que tristeza perder nossas referências! Professor Candido, presente!

Meu papel como secretário de formação sindical


Como secretário de formação na gestão 2009/12 na Contraf-CUT - Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, persigo diariamente o objetivo de formar e informar as pessoas.

Penso em formas e ferramentas para disponibilizar conhecimento e atuar como motivador e também buscar irradiar a formação para os multiplicadores na rede. Após um ano na secretaria, acredito que fiz isso o tempo todo.

Áreas e temas a serem abrangidos:

- Formação política: história, OLT - Organização por Local de Trabalho, ética, política, sociedade.

- Formação técnica: ramo financeiro, saúde dos trabalhadores, questões de gênero e raça, LGBT, previdência, remuneração, CLT e legislação trabalhista.

- Comunicação: redes de comunicação alternativas, comunicação no e para o movimento sindical.

- Formação sindical: concepções e práticas da CUT, representação de massa a partir da base, ser classista, autonomia e independência de partidos, patrões, governos e de líderes de grupos e também do imposto sindical.

- Direitos universais: lutar pela universalização de direitos humanos básicos como saúde gratuita, educação gratuita, transporte público subsidiado, moradia subsidiada, lazer e cultura, tudo mantido e disponibilizado a partir de IMPOSTOS, que devem focar a RENDA e a PROPRIEDADE, de maneira progressiva, ou seja, quanto mais tiver mais deve pagar.


Domingo 11 de julho

A pergunta nunca respondida é: o que faço com toda essa trolha de livro, revista e papel que tenho em casa?

Aos 41 anos, tenho outra pergunta importante e sem resposta: em que vou trabalhar para sustentar a mim e agregados nos próximos 20 anos?

Tenho algumas certezas. Poucas, mas importantes: não quero ser vendedor como os bancários. Também não sirvo para trabalhar na iniciativa privada, pois odeio o capitalismo. E aí, o que fazer, então?

Eu gostaria de ler e pesquisar e escrever. Gosto de línguas também. Mas, minha vida foi toda torta para me sustentar com isso.

Eu sei que estou perdido. Fodeu!

sábado, 10 de julho de 2010

English class 2

(atualizado em 18/7/10)

It was so hard to take my English class last week because the agenda of my job.

I put here what i learned last class.

We made some paragraphs about:

1-personal data:

-my academic studies – accountancy science (NÃO SE USA A PALAVRA SCIENCE PARA CIÊNCIAS CONTÁBEIS)

ACCOUNTANCY OR ACCOUNTING

-i joined the labor movement at 2002 (we say: twenty "O" two)

The text i made at first:

PERSONAL DATA: i was born at 1969 in São Paulo. Live part of my life in MG. Came to SP in 1987. Alone. I'm mariaged. Have one child. A boy with 13 years old.

EDIT: i was born IN 1969 in São Paulo. I LIVED part of my life in MG. I CAME to SP in 1987. Alone. I'm MARRIED. I HAVE one child. A boy 13 years old.

PRONOMES - Pronoun (aqui, personal pronoun)
No verbo em inglês é necessário colocar os pronomes pessoais, ou seja, aqueles que designam as pessoas do discurso.

Em português, é comum elidir o pronome pessoal do caso reto, pois o verbo já indica quem está representado no discurso:

Ex: VIVI parte da minha vida em MG. VIM para SP em 1987. TENHO um garoto de 13 anos.

ERRO COMETIDO:
verbo TO MARRY (TO WED) = "I'm married" e não "mariage"

MARRIAGE = NOUN = quer dizer "casamento".

2-English studies:

where, what, how long… + (plus) academic background and schooling

AT FIRST: I studied english in 1990. Made 2 courses: English Center and CCI. I believe it (the school) hasn't exist anymore. After deal with the language for 3 years, i started to work at Banco do Brasil and so almost don't have contact with the language.

EDIT: I studied english in 1990. I ATTENDED 2 English courses in English Center and CCI. I believe THEY (the SCHOOLS) DON'T EXIST anymore. AFTER DEALING WITH the language for 3 years, i started to work at Banco do Brasil and ALMOST DIDN'T HAVE contact with the language.

MORFOLOGICALLY, we have:

AFTER
-preposition: "the day AFTER tomorrow" = O dia DEPOIS de amanhã.
-conjunction: "AFTER i left MG, i moved to SP" = APÓS deixar (eu) MG, mudei para SP.
-adverb: AFTERWARDS = DEPOIS, MAIS TARDE.

O VERBO EM INGLÊS APÓS A PREPOSIÇÃO VAI SEMPRE NO GERÚNDIO = After a preposition use a gerund form.

E.G.
AFTER finishing my course i...
I'm interested IN learning languages...

VERBO FAZER: CONTEXTOS MAIS COMUNS

TO ATTEND
TO TAKE
TO DO = PROCESS (ACTIVITIES)
TO MAKE = PRODUCT as a result

É MAIS USADO os verbos TAKE e ATTEND em relação a fazer um curso

I ATTENDED 2 ENGLISH COURSES.


3-most important jobs/positions and jobs at our confederation - Contraf-CUT or trade union

AT FIRST: I started work at union movement. I joined the labor movement since 2002. Joined at trade union of workers of bank. Nowadays i'm secretary of formation at Contraf-CUT. Before THAT i was secretary of comunications at Contraf-CUT.

Study: I STUDIED accounting, and now i'm studying to obtein another degree in portuguese and spanish language.

EDIT: I started work at THE union movement IN 2002. I joined the labor movement since 2002.

SECRETARY OF EDUCATION e não "formation".

SKILLS, CAPACITY BUILDING, TRAINING, EDUCATION

TRAINING em inglês não tem sentido "pejorativo" como pode parecer em português para o movimento sindical

VOCABULARY:

Um mandato de 3 anos = A TERM OF 3 YEARS / A 3 YEARS TERM
MERRY não confundir com MARRIED/MARRIAGE
MERRY = alegre, divertido, agradavel etc

NÃO ESQUECER OS FALSOS COGNATOS (false cognate):

FRASE em inglês é "SENTENCE"

"PHRASE" é "LOCUÇÃO"
PHRASAL VERB = LOCUÇÃO VERBAL

AT 2 pm...
IN july...
IN 1979...

Caminhada e leitura sabadianas

Li um pouco do manual de questões internacionais do IRBr/Funag. O manual é do século passado e dos anos FHC. O autor é o Demétrio Magnoli e qualquer coisa que leio dele na imprensa hoje é de um nojo tremendo. Mas o cara foi o autor do manual.

É triste! O cara é um direitoso do caramba. De acordo com o governo que temos, podemos ter cada porcaria ditando a educação e a formação das pessoas!...

Depois li um capítulo de "Comunidades Imaginadas", de Benedict Anderson.

Saí em seguida para caminhar uns 7,5 km. Pensei a respeito de várias coisas. No final da caminhada, voltando da padaria, estava pensando na revista veja e coisas parecidas.

Como pode alguém sério pagar ou pegar aquilo pra ler? A conclusão que tenho é que quem lê com regularidade um lixo daquele se não for tem ao menos tendência a ser racista, fascista e contrário a um mundo mais justo e igualitário.

BUT... é livre a manifestação do pensamento. Uns querem ouvir a voz do patrão, do algoz capitalista; outros querem ouvir a voz e a opinião dos trabalhadores e dos movimentos sociais.

É isso!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Refeição Cultural X

Foto divulgação

Sobre A MALDADE

Assisti a um episódio de Arquivo X depois que cheguei a casa, após um dia cansativo de trabalho. Pra relaxar!

O episódio se chama "Empedocles" e pertence ao oitavo ano da série (foi exibido em 2001).


Empedocles (Empedocles)

Roteiro por: Greg Walker Direção por: Barry K. Thomas

Episódio voltado para o que aconteceu com o filho de John Dodgett. Scully passa mal e fica internada durante o episódio inteiro, mas ao final se encontra com Mulder e recebe dele um presente: uma boneca que pertencia à família. Já quanto ao caso, a agente Reyes convence Mulder (ja fora do Arquivo X e do FBI) a ajudá-la a investigar mortes que poderiam de alguma forma estarem ligadas ao acontecido ao filho de John. O padrão semelhante teria sido a ocorrência de visões, às quais Reyes e Dodgett compartilhavam, de que os corpos das vítimas estariam queimados (quando na verdade não estavam). Os casos seriam motivados por uma espécie de entidade espiritual, que passava de pessoa para pessoa, e que as estimulavam a cometer os crimes. FONTE: WIKIPÉDIA



COMENTÁRIO E REFLEXÃO

O episódio debateu um tema que me deixou pensando: A MALDADE.

Mulder, o agente especial do FBI e responsável pelos arquivos X, fala sobre uma possibilidade que ele passou a acreditar, com o tempo de profissão, a respeito da motivação para crimes violentos meio-que inexplicáveis e surpreendentes.

A tese é mais ou menos assim:

Quando trabalhava na seção de crimes violentos, o agente tentava estudar os casos e buscar as motivações para as maiores monstruosidades feitas pelas pessoas.

Em geral, busca-se a explicação em traumas psicológicos de infância, ambientes problemáticos ou coisas do gênero. Explicação que acaba relacionando o fato ao convívio e ambiente social.

Mas, muitas vezes, as explicações não eram suficientes para dar conta de tanta maldade do e no ser humano.

Mulder pensou então na Maldade como uma doença que passou de tempo em tempo, de século em século, a contaminar as pessoas. Não todas. Mas, a contaminar as pessoas a partir de algum evento ou choque que desbloqueasse nossos freios, nossas defesas e anticorpos contra esse mal, essa Maldade.

A partir de então, não haveria mais limites à pessoa comum invadida pela Maldade.

FIQUEI PENSANDO SOBRE ISSO...

A Maldade poder invadir e contaminar qualquer pessoa a partir de determinado evento em sua vida ou no seu ambiente de convívio.

Lembrei-me dos textos de Freud falando sobre as reações de pessoas boas e comuns em um campo de batalha. A descrição dele sobre os absurdos e surpresas que podem advir de pessoas comuns sob pressão e no limite é chocante.

Lembrei-me também de pessoas doces explodindo em fúria de repente. Quem nunca viu isso!?

Lembrei-me da decepção que tive comigo mesmo quando fui assaltado, na vez mais recente, junto com várias pessoas trabalhadoras na passarela da estação de trem da CPTM em Presidente Altino, em 2009.

Escrevi na época que "achava" que o movimento sindical havia me humanizado substancialmente, mas aí veio aquele assalto covarde de vários meliantes assaltando à mão armada várias pessoas pobres que iam e voltavam do trabalho.

Senti um ódio e um desejo de matar aqueles caras pessoalmente - pela covardia deles em prejudicar pobres. Ali, fiquei decepcionado comigo mesmo. Vi que a ira ainda mora em mim.

SENSACIONALISMO DO MOMENTO SOBRE MALDADE...

Outra coisa que me veio à cabeça foi o caso recente do goleiro Bruno, do Flamengo, que está sendo acusado de participar de assassinato brutal de ex-amante. Acusação que aponta para requintes de maldade inimagináveis. Não acho que devemos julgar ninguém até que a justiça e a lei provem qualquer coisa, mas se for como dizem que foi... é barbarie pura!

SERÁ QUE A MALDADE É UMA DOENÇA CONTAGIOSA?

Será que convivemos com ela - A Maldade - desde sempre e ela vem pegando as pessoas aqui e ali com suas imunidades "antimaldade" baixas?

O episódio e a fala final de Mulder me deixou pensando muito. Até agora quedo refletindo...

Corridas na semana e reflexões

Consegui passar uma semana inteira em SP. Consequentemente, fiz um esforço em correr e caminhar um pouco.

Fiz percursos com 4km, 3km e hoje corri uns 2km, todos os percursos com boas caminhadas também.

Hoje é feriado em SP. Vou conseguir correr mais no final de semana e ler um pouco.

Estou assistindo a episódios antigos de Arquivo X. Alguns deles nos fazem pensar bastante sobre o tema abordado. Assisti a um sobre A Maldade, que até vou postar alguns comentários aqui no blog.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Estudo de francês

Manchete do Le Monde de hoje:

Les Pays-Bas joueront la finale du Mondial

Les Néerlandais ont battu une Celeste accrocheuse (3-2), mardi au Cap en demi-finale. C'est la troisième finale de Coupe du monde pour les "Oranje", elle se jouera contre le vainqueur d'Espagne-Allemagne.

Em linhas gerais entendo que:

Os holandeses bateram a Celeste por 3 x 2, terça-feira na semi-final. É a terceira final de copa do mundo para a "Laranja", que jogará contra o vencedor de Espanha e Alemanhã.

JOUER - jogar

Também aprendi:
JE VAIS ALLER = vou a...
CHEZ = preposição de lugar = À LA MAISON DE
CHEZ LES ROUGIER = na casa dos Rougier

terça-feira, 6 de julho de 2010

Estudos de francês

Manchete no Le Monde:

Mondial: le spectacle sportif, un bien public?

le = artigo definido masc. sing.
un = artigo indefinido masc. sing.

En France, la loi garantit l'accès libre des téléspectateurs "à la retransmission d'événements jugés d'une importance majeure pour la société". Un principe que ne va pas de soi.

des = artigo ind. fem. pl.

Le mondial, un spectacle pour les consommateurs ou pour les citoyens?


(atualizado em 6/7/10)

"UN PRINCIPE QUE NE VA PAS DE SOI".

Explicações que tive sobre esta construção sintática:

NE + VERBE + PAS = a expressão nega o fato do verbo

ex: JE NE PARLE PAS = eu não falo

VA DE SOI = por si só ou vai por si mesmo


É isso!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Imprensa mancomunada com o status quo local – vício de origem (desde sempre!)

Li páginas excelentes do livro Comunidades Imaginadas, de Benedict Anderson. O capítulo quatro, Los pioneros Criollos, trata de temas muito interessantes sobre os motivos que levaram as colônias da América a buscarem suas independências em relação às metrópoles – Portugal, Espanha e Inglaterra.

Primeiro, o autor nos explica o que vem a ser “povos criollos”. São aquelas pessoas descendentes dos europeus colonizadores, só que nascidos fora da metrópole.

Criollo: persona de ascendencia europea pura (por lo menos en teoría), pero nacida en América (y por una extensión posterior, en cualquier lugar fuera de Europa) p.77

As guerras de independência da América colonizada seriam fortemente influenciadas por essa elite branca “criolla”. Por diversos motivos, principalmente por razões de manutenção de poder local, menos pagamento de impostos, mais liberdade de comércio dentro da própria região etc.

Diferentemente do que poderia ser, as línguas não foram um dos motivadores da criação do pertencimento a um grupo – ideia de nação e nacionalismo, haja vista que as línguas locais dominantes eram as mesmas línguas das metrópoles - inglês, espanhol e português.

A INFLUÊNCIA DA EDUCAÇÃO SUPERIOR NOS PROCESSOS DE INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA ESPANHOLA

São explicitadas características diferentes que influenciariam as formas de Estado após as independências das colônias: repúblicas na região espanhola e de estilo dinástico no Brasil. Isso se daria por já haver na região espanhola educação superior desde o início da colonização e por ser expressamente proibida qualquer forma de educação superior em terras portuguesas.

Existe uma ligação interessante entre a formação das 13 novas repúblicas latino-americanas e as universidades já existentes nesses locais há séculos e o inverso no Brasil, onde não foram permitidas nem escola superior nem imprensa até a vinda do próprio monarca fugido do francês Napoleão Bonaparte.

Aqui Anderson cita uma análise fantástica do historiador brasileiro José Murillo de Carvalho:

"Un soberbio e intrincado análisis de las razones estructurales del excepcionalismo brasileño (em não virar república no começo do s.XIX) puede encontrarse en José Murillo de Carvalho (...) Dos de los factores más importantes eran:

1. Diferencias de educación. Mientras que 'veintitrés universidades estaban dispersas por los que llegarían a ser trece diferentes países' en la América española, 'Portugal se negó sistemáticamente a tolerar que se organizara alguna institución de enseñanza superior en sus colonias, sin considerar como tal los seminarios teológicos'. Sólo habría enseñanza superior en la Universidad de Coimbra y hacia allá, a la madre patria, fueron los hijos de la élite criolla, que en su mayoría estudiaron en la facultad de derecho.

2. Las diferentes posibilidades que los criollos tenían de hacer carrera. De Carvalho observa 'la mucho mayor exclusión de los españoles nacidos en América en los altos puestos del lado español [sic]'. Véase también Stuart B. Schwartz, 'The Formation of a Colonial Identity in Brazil', cap. 2, en Nicholas Canny y Anthony Pagden, comps., Colonial identity in the Atlantic World, 1500-1800, quien nota, de paso (p.38), que 'no hubo ni una sola imprenta en Brasil en los tres primeros siglos de la época colonial'.
" p.83

LIMITES GEOGRÁFICOS ESTABELECIDOS PELO ‘UTI POSSIDETIS

Toda competencia (competição) con la madre patria estaba prohibida para los americanos, y ni siquiera las partes individuales del continente podían comerciar entre sí” p.84

Esse monopólio de comércio e navegação a favor da metrópole influenciou os processos de independência após 1810.

Estas experiencias ayudan a explicar el hecho de que ‘uno de los principios básicos de la revolución americana’ fuese el de ‘uti possidetis, por el que cada nación habría de conservar la situación territorial de 1810, el año en que se inició el movimiento de independencia” p.85

Com isso se fragmentaram a Grande Colômbia de Bolívar e as Províncias Unidas do Rio da Prata.

UM PROBLEMA PARA A METRÓPOLE: NÃO SE DOMINA OS ‘CRIOLLOS’ COM AS MESMAS TÉCNICAS UTILIZADAS PARA OS ÍNDIOS E NEGROS

Si los indígenas podían ser conquistados por las armas y las enfermedades, y controlados por los misterios del cristianismo y por una cultura completamente ajena (así como por una organización política avanzada para la época), no ocurría lo mismo en el caso de los criollos, quienes tenían virtualmente la misma relación que los metropolitanos en cuanto a las armas, las enfermedades, el cristianismo y la cultura europea. En otras palabras, los criollos disponían en principio de los medios políticos, culturales y militares necesarios para hacerse valer por sí mismos” p.93

NASCE A "MIDIAELITE" – DESDE BENJAMIN FRANKLIN

Esta parte do capítulo é fantástica e explica muito bem a relação, já no nascedouro, entre a impressão – hoje editoras e gráficas – e os jornalões e os donos do poder local – empresas, capitalistas e políticos.

La figura de Benjamin Franklin se asocia indisolublemente al nacionalismo criollo en la América del Norte. Pero es posible que la importancia de su labor sea menos evidente. De nuevo, Febvre y Martin son ilustrativos. Nos recuerdan que en realidad ‘la imprenta no se estableció en América [Estados Unidos] durante el siglo XVIII mientras los impresores no descubrieron una nueva fuente de ingresos (recursos $): el periódico’.” p.96

E Anderson segue explicando o casamento dos editores e impressores com a elite comercial e política através das publicações de jornais com o foco no comércio local e nas questões locais.

Los impresores que ponían nuevas imprentas incluían siempre un periódico en su producción, al que contribuían siempre de manera predominante o aun exclusiva. Así pues, el impresor-periodista fue al principio un fenómeno esencialmente norteamericano” p.97 (o padrão se estendeu depois para o restante da América)

Para resolver o problema de distribuição dos jornais foram feitos convênios com os correios e dali surgiu a chave das comunicações americanas e da expansão das ideias e da vida intelectual e comunitária do país.

COM A IMPRENSA, VÃO-SE CRIANDO AS COMUNIDADES IMAGINADAS: FOCO NOS INTERESSES E ASSUNTOS LOCAIS

Las primeras revistas contenían – aparte de noticias acerca de la metrópoli – noticias comerciales (cuándo llegarían y zarparían los barcos, cuáles eran los precios de ciertas mercancías en ciertos puertos), además de los nombramientos políticos coloniales, los matrimonios de los ricos, etc (…) Un aspecto fecundo de tales periódicos era siempre su provincialismo. Un criollo podría leer un periódico de Madrid (…) pero el periódico no diría nada acerca de su mundo” p.98

Vão-se criando os leitores de jornais de acordo com os interesses de cada um. O peninsular (nativo europeu) busca informação da metrópole e o criollo (nativo das Américas) a informação local.

Así se explicaba la conocida duplicidad del temprano nacionalismo hispanoamericano, su alternación de gran alcance y su localismo particularista” p.98

Al mismo tiempo, hemos visto que la concepción misma del periódico implica la refracción, incluso de ‘sucesos mundiales’, en un mundo imaginado específico de lectores locales; y también cómo la importancia de esa comunidad imaginada es una idea de simultaneidad firme y sólida, a través del tiempo” p.99

COMENTÁRIO FINAL

Este capítulo me pôs a pensar bastante a respeito da pouca mudança do papel da imprensa e dos donos dos grupos de comunicação nestes 2 séculos. NÃO MUDOU NADA O PAPEL DA IMPRENSA - COMERCIAL E ESTATAL.

DE CERTA FORMA, A MÍDIA SEMPRE TEVE PAPEL DE PIG – PARTIDO DA IMPRENSA GOLPISTA.

A DIFERENÇA ENTRE O PASSADO E A CONTEMPORANEIDADE É QUE COMO ELA INFLUENCIAVA MUITO MAIS NO DIRECIONAMENTO DA POPULAÇÃO ANTES, NÃO PRECISAVA DAR GOLPES, COMO TEM FEITO AGORA A IMPRENSA BRASILEIRA APÓS A ELEIÇÃO DO METALÚRGICO LULA DA SILVA, DO PARTIDO DOS TRABALHADORES.

Bibliografia:
ANDERSON, Benedict. Comunidades Imaginadas - Reflexiones sobre el origen y la difusión del nacionalismo. Fondo de Cultura Económica. Quarta reimpresión 2007 de la primera edición en español 1993, fructo de la segunda edición en inglés 1991.

domingo, 4 de julho de 2010

Corridas e reflexões culturais

Hoje corri novamente, depois de ler um pouco de Comunidades Imaginadas.

Fiz 4 km, depois dos 3,5 km de ontem.

Enquanto corria, pensava a respeito da origem da impressão de livros e periódicos aqui na América e da forte relação com o poder local, incluindo a pauta do comércio.

Ou seja, a midiaelite já nasceu midiaelite, pautando e formando opinião pró status quo de cada local onde a imprensa atua e existe.

Instantes... Estive no sítio eletrônico de Saramago hoje

Pois é!

Aproveitei essa madrugada de domingo para ler um pouco sobre o eterno Saramago. Estive em seu sítio eletrônico e em seu blog Cadernos de Saramago.

As postagens continuam sendo feitas pela sua Fundação.

Visitei também o blogue Verso e Conversa, de meu amigo e poeta Genésio dos Santos.

Para acessar a ambos é só clicar aqui neste blog no Links A Caminho da Cultura.

sábado, 3 de julho de 2010

Comunidades imaginadas - Benedict Anderson

Bem interessante o capítulo que estou lendo.

A ideia que o autor defende se baseia em um embate entre a metrópole espanhola e os "criollos" na América espanhola.

As guerras de independência na América seriam um embate entre os criollos (brancos descendentes dos ibéricos) versus metrópole.

IV. LOS PIONEROS CRIOLLOS

Primeira questão a pensar em relação aos novos Estados e suas metrópoles quando pensamos na ideia do surgimento de movimentos nacionalistas: a língua era a mesma, não era um elemento aglutinador e de diferenciação.

"(...) la lengua no era un elemento que los diferenciara de sus respectivas metrópolis imperiales" p.77

Todos eram "Estados criollos, formados y dirigidos por personas que compartían una lengua y una ascendencia comunes con aquellos contra quienes luchaban" p.77

Definição do autor:

CRIOLLOS: persona de ascendencia europea pura (por lo menos en teoría) pero nacida en América (y por una extención posterior, en cualquier lugar fuera de Europa).

Anderson trabalha com a ideia de que o motivador principal das guerras de independência foi o embate entre a metrópole espanhola e os brancos criollos de cá, e não por movimentos de índios e de negros contra o colonizador.

O império espanhol estava apertando o cerco em relação ao controle de suas colônias. O rei Carlos III também estava sob influência dos ilustrados do período do Iluminismo.

"Los dos factores más comumente aducidos en la explicación son el fortalecimiento del control de Madrid y la difusión de las ideas liberalizadoras de la Ilustración en la segunda mitad del siglo XVIII. No hay duda de que las políticas aplicadas por el competente 'déspota ilustrado' Carlos III (reinó de 1759 a 1788) frustraron, irritaron y alarmaron cada vez más a las clases altas criollas" p.81

NOVAS REPÚBLICAS LATINO-AMERICANAS X MONARQUIA NO BRASIL

Existe uma ligação interessante entre a formação das 13 novas repúblicas latino-americanas e as universidades já existentes nesses locais há séculos e o inverso no Brasil, onde não foram permitidas nem escola superior nem imprensa até a vinda do próprio monarca fugido do francês Napoleão Bonaparte.

"En ninguna parte, fuera de Brasil, se hacía un intento serio por recrear el principio dinástico en las Américas; incluso en Brasil, es probable que tal recreación no hubiese sido posible sin la inmigración, en 1808, del propio monarca portugués que huía de Napoleón. (Permaneció allí por 13 años, y al retornar a su patria hizo que su hijo fuese coronado localmente como Pedro I de Brasil.)"

Aqui Anderson cita uma análise fantástica do historiador brasileiro José Murillo de Carvalho:

"Un soberbio e intrincado análisis de las razones estructurales del excepcionalismo brasileño puede encontrarse en José Murillo de Carvalho (...) Dos de los factores más importantes eran:

1. Diferencias de educación. Mientras que 'veintitrés universidades estaban dispersas por los que llegarían a ser trece diferentes países' en la América española, 'Portugal se negó sistemáticamente a tolerar que se organizara alguna institución de enseñanza superior en sus colonias, sin considerar como tal los seminarios teológicos'. Sólo habría enseñanza superior en la Universidad de Coimbra y hacia allá, a la madre patria, fueron los hijos de la élite criolla, que en su mayoría estudiaron en la faculdad de derecho.

2. Las diferentes posibilidades que los criollos tenían de hacer carrera. De Carvalho observa 'la mucho mayor exclusión de los españoles nacidos en América en los altos puestos del lado español [sic]'. Véase también Stuart B. Schwartz, 'The Formation of a Colonial Identity in Brazil', cap. 2, en Nicholas Canny y Anthony Pagden, comps., Colonial identity in the Atlantic World, 1500-1800, quien nota, de paso (p.38), que 'no hubo ni una sola imprenta en Brasil en los tres primeros siglos de la época colonial'." p.83

Camaradas, eu achei a explicação clara como a água cristalina.

Bibliografia:
ANDERSON, Benedict. Comunidades Imaginadas - Reflexiones sobre el origen y la difusión del nacionalismo. Fondo de Cultura Económica. Quarta reimpresión 2007 de la primera edición en español 1993, fructo de la segunda edición en inglés 1991.

Esporte e cultura

Na semana que terminou neste sábado, sétimo dia pela tradição religiosa de alguns povos, eu consegui caminhar ou correr duas vezes: na segunda e hoje. Foram corridas curtas com mais caminhadas.

Li pela manhã "Comunidades Imaginadas" e assisti aos dois jogos da Copa.

Qué tristeza! Yo he visto mis hermanos argentinos, la Selección albiceleste, y paraguayos, la albirroja, - los latinoamericanos - perdieren sus partidas de fútbol y cayeren del Mundial. Lo siento! Ayer, fue el Brasil lo que despidióse del Mundial de Sudáfrica.

PERO, tenemos ahora nuestros representantes - los uruguayos. Fuerza Uruguay!! Dale Celeste!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

A fome do homem


A fome do homem.
A fome que come o homem.
O homem com fome.

A fome de ontem.
A fome que come o homem.
A fome não some.

O homem não come.
A fome de ontem.
O homem que some.


wmofox

quinta-feira, 1 de julho de 2010

English class 1

(Atualizado em 18/7/10)


Today we had our first english class in group at my local job.

Some words are very important for us:

WORKERS – TRADE UNION – UNIONIST – FEDERATION – CONFEDERATION

ATTENTION!!
“Central” = it's not a word used in English language. USE CONFEDERATION or FEDERATION

WHO ARE WE?
I’m a unionist. I represent my colleagues that work in banks or something like that.

BANK WORKERS TRADE UNION = it’s the house of workers of bank – SEEB SP

Our teacher is not a unionist, but he is unionized at Sinpro SP

(TEACHER TOLD ME: "I'm not unionised because i own a microcompany now")

PROGRESSIVE PERSON, PEOPLE = people like us

SOCIALIST
GUF – GLOBAL UNION FEDERATION
LABOR MOVEMENT
ITUC – INTERNATIONAL TRADE UNION CONFEDERATION
= CSI Confederación Sindical Internacional (in spanish)

Dialogue:
My partner and I had a conversation about three reasons for Brazilian people TO vote in Dilma Roussef. Why Dilma is bound (almost certainly) to be elected?

We talked about the reasons and concluded that:

- income distribution – to share the wealth of country is very important. We have to bring together other 20 millions (of) people that live with less than ¼ (a quarter) of minimum wage. ("wealth" like The wealth of nations – Adam Smith);

CORRECT WAY: 20 MILLION PEOPLE, 2 MILLION PEOPLE, 10 BILLION... ( é no singular)

20, 34 (NUMBER + PLURAL = SINGULAR)

BUT:

TENS OF THOUSANDS
HUNDREDS OF MILLIONS
SEVERAL BILLIONS

- the continuity of Lula’s government program;

-the important debate about the size of state, I mean, a state with more public employees and more (assistance) SOCIAL programs etc. The opposition way of (manager) MANAGEMENT believes in competency and bullshit like that…

We made some paragraphs about:
1-personal data:
-my academic studies – (accountancy science) ACCOUNTING OR ACCOUNTANCY

I'M AN ACCOUNTANT - I STUDIED ACCOUNTING - I STUDIED ACCOUNTANCY

-i joined the labor movement at 2002 (we say: twenty "O" two)
2-english studies: where, what, how long… +(plus) academic background and schooling
3-most important jobs/positions and jobs at our confederation - Contraf-CUT or trade union

Vocabulary:
Gathering = assembleia, reunião etc = ASSEMBLY, GENERAL ASSEMBLY, MEETING
Brings together = algo como incluir
william@contrafcut.org.br we say (William AT contrafcut DOT org DOT br)

dot = ponto INTER-SENTENTIAL - PERIOD/STOP , : ; . ? ! etc

MATHEMATICS: 1 dividido por 2 = 0.5 ( "O"POINT FIVE), 1.5 etc

Dot is not the same that “comma” or “point” (fraction)

COMMA (diferente de COMA = sleeping for a long time)

SUFIXOS: ER / OR

WORK ER
PROFESS OR
TEACH ER
GOVERN OR
PLAY ER

Dot com bubble (bolha aqui é o mundo da internet)

Income distribution = distribuição de renda

"Phrase" is not the same (of) AS "sentence" (we have "modal phrases")

PHRASE = "LOCUÇÃO"

10,000,000

Ilha das flores - Curta de Jorge Furtado (1989)



Este filme é muito interessante.

Nós utilizamos ele em cursos de formação de dirigentes sindicais para termos um instante de reflexão sobre o mundo em que vivemos. E sobre o mundo que nós não queremos.

Em ano de eleições majoritárias no Brasil, vale a pena refletir o tempo todo sobre que país temos hoje e que país tivemos na década passada. Os programas de governo do PT e do PSDB são EXTREMAMENTE DIFERENTES, apesar da grande mídia e dos formadores de opinião PARCIAIS (têm lado) tentarem dizer o contrário.

Nestes oito anos de governo de Lula da Silva foram retirados das "ilhas das flores" 30 milhões de pessoas. Mas falta muito ainda. O foco deve continuar.

Como disse a candidata Dilma Rousseff na entrevista do Roda Viva desta semana, ainda falta atingir como foco e retirar da linha da pobreza absoluta, em um provável próximo governo do Partido dos Trabalhadores, cerca de 19 milhões de pessoas que ganham menos de 1/4 do Salário Mínimo por mês e que passam por aquilo que o curta metragem mostra.

UM OUTRO MUNDO É POSSÍVEL! MAS AS COISAS NO MUNDO CAPITALISTA ESTÃO MUITO ERRADAS! IMAGINEM ENTÃO COM GOVERNOS CONSERVADORES E DE DIREITA...

O curta é de 1989.

Para mais informações sobre o cineasta acesse o Wikipédia. What I Know Is...