domingo, 3 de abril de 2016

Diário - 030416


Meu presente: flores!
Bela orquídea azul.

"O que somos é feito do que fomos, de modo que convém aceitar com serenidade o peso negativo das etapas vencidas." (Antonio Candido)


Aniversário - Balanço


O domingo amanheceu bem bonito aqui em Brasília, Capital de meu querido Brasil. Acordei cedo e fui buscar pães. Antes disso, medi a pressão arterial e tomei o remédio de pressão - decidi dias atrás que iria tomar o remédio para fazer a minha parte em me manter nas lutas (viva hoje o que sobrou de ontem...).

Tive a surpresa de receber em casa um vaso de flores, orquídeas azuis, de minha esposa. Coisa linda! Obrigado Noni, adoro flores e plantas!

Estou de passagem por esta cidade, cumprindo um mandato como gestor eleito em entidade de saúde dos trabalhadores do banco em que trabalho. A mudança em minha vida foi radical. Mais radical ainda foi a mudança na vida de minha família por isso.

Completei 47 anos de vida. Olhando para o percurso feito, e para os sonhos que tinha, fico ao menos com a consciência leve pelo aprendizado tirado nas veredas por onde andei. Se não realizei alguns sonhos pessoais importantes, pude ajudar pessoas algumas vezes. Isso é bom porque a vida humana não deve ser só um pensar em si, mas um viver para a coletividade do lugar que nos abriga.

Estou feliz pela oportunidade de ter meus pais comigo e poder contribuir no cuidado deles. Feliz por ter irmã e sobrinhos que estão percorrendo o bom caminho, os dois jovens estão cumprindo suas etapas formativas e são cidadãos de bem. 


Feliz por ter um filho maravilhoso que também iniciou a etapa formativa de sua vida, mesmo os pais sofrendo pela distância do rapaz. Feliz por ter uma esposa que é companheira e me apoia numa jornada de trabalho que alterou a vida dela e, mesmo assim, ela me dá forças para cumprir minha atual tarefa profissional.

Feliz porque sei que muitas pessoas gostam da gente, respeitam o nosso trabalho e respeitam a nossa postura como cidadão deste mundo confuso e em grave crise de valores.



Mesmo em um mundo de crises, há flores,
e céu, e pôr do sol, e lua e estrelas.
Passei a observar muito mais a natureza ultimamente.

O amanhã será de lutas, como deve ser

Quanto ao amanhã, que dizer de um mundo que se tornou tão instável e incerto? Eu não me aparto das consequências que podem advir da quebra da institucionalidade democrática em meu país. Não há como se isolar das graves consequências da intolerância fascista que toma conta de minhas irmãs e irmãos brasileiros.

Quem diria que aos 47 anos fosse ter que enfrentar os mesmos receios de minha adolescência: os graves riscos de um país sem liberdade e democracia! Um país policialesco onde o cidadão pode ter sua casa e sua vida invadida por órgãos e agentes do Estado que não seguem lei alguma. Que atuam por serem próximos a certos grupos sociais e atuam de forma seletiva contra outros segmentos sociais (o meu). Isso que vivemos hoje com a Operação Lava Jato é o fim da justiça brasileira.

Eu cresci e sobrevivi num mundo hostil. Tive uma adolescência dura e de más condições financeiras. Eu fui intolerante até vinte e poucos anos, como reflexo do mundo que vivi. Fui evoluir e me tornar uma pessoa melhor, após me envolver com o movimento sindical e social. Aprendi muito. Tenho muito que aprender. E agradeço ao movimento sindical pela pessoa que me tornei.

Vou viver a próxima etapa de minha vida como tem vivido quase todo cidadão que é militante social, democrata, com princípios de esquerda e progressistas. Vou viver dia após dia, porque hoje e amanhã serão dias de batalhas por aquilo que acreditamos.

Eu tenho lado, vivo e luto por uma sociedade justa, igualitária e sem preconceitos. Atuo em defesa da classe trabalhadora. Cumpro meus mandatos eletivos disponibilizando o melhor de mim nas tarefas a realizar. Sei o que represento e aceito até morrer pelo que acredito.

Sigamos nas lutas!

William

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