domingo, 25 de janeiro de 2015

Diário - 250115


Janeiro com a família entre mar, corridas e...
algumas obrigações profissionais (snif...)

Refeição Cultural

"Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação." (Drummond)



Estamos no mês de férias. O jeito é conjugar o descanso em família intercalado com as necessidades profissionais inadiáveis pela função que ocupo atualmente.

Além de várias sessões de telefonemas políticos ao longo do mês, precisei viajar para Brasília a trabalho nesta semana (ler sobre reunião a respeito da Cassi AQUI). Fiquei dois dias lá. Depois acabei trabalhando bastante para completar a semana.

Mas o importante é que consegui viajar com esposa e filho para o Nordeste e agora novamente para a Colônia de Férias do Sinpro SP, na Praia Grande SP. Também passei nos meus pais em Uberlândia MG para cuidar do aquário que deixei lá aos cuidados deles nestas semanas.

Foi engraçado. Mesmo em férias, acabei tendo uma semana parecida com algumas que tenho normalmente durante o trabalho: dormi domingo em Porto de Galinhas (PE), dormi segunda e terça em Osasco (SP), dormi quarta em Brasília (DF), dormi quinta em Uberlândia (MG), dormi sexta em um busão na estrada e dormi sábado em Praia Grande (SP).

Tive nesta semana de férias e trabalho, algumas decepções dolorosas em relação a comportamentos humanos. A vida é bem dura! Temos que estar muito preparados e focados para suportar as merdas que nos cercam diariamente. Felizmente, estou firme para enfrentar qualquer merda política e comportamental que vier. A vida é uma ordem, sem mistificações.

Estou fazendo um esforço tremendo para desenferrujar porque sei que tenho que estar com um corpo e mente de guerreiro, mesmo com a idade que tenho. Então, que assim seja.

É isso! Me preparando para a luta que não acaba nunca...

domingo, 11 de janeiro de 2015

Mar Adentro - Filme sobre a questão da eutanásia





Refeição Cultural

Sinopse (a melhor que encontrei está em espanhol)

Mar adentro es una película española ganadora del Óscar, filmada en 2004 y dirigida por Alejandro Amenábar. La película se basa en la historia real de Ramón Sampero, un marinero, quien tras un accidente ocurrido durante su juventud, queda tetrapléjico , permaneciendo postrado en una cama durante casi 30 años, y a causa de esta situación desea morir mediante la aplicación de la eutanasia.

Ramón (Javier Bardem) lleva casi treinta años "encerrado en su cuerpo", postrado en una cama al cuidado de su familia. Su única ventana al mundo es la de su habitación, junto al mar, por el que tanto viajó y donde sufrió el accidente que interrumpió su juventud. Desde entonces, su único deseo es terminar con su vida, haciendo uso del suicidio asistido, pues solo así, sería libre de nuevo. Ante dicho deseo se interpone el hecho de que, esta es una práctica ilegal en España, al igual que en la mayoría de países alrededor del mundo. Por lo cual, debe luchar contra los servicios administrativos españoles y la iglesia, una lucha bastante agotadora. Pero, su espera se ve alterada por la llegada de dos mujeres: Julia (Belén Rueda), una hermosa abogada (que padece de CADASIL) que quiere apoyar su lucha, y Rosa (Lola Dueñas), una mujer del pueblo llena de alegría de vivir, quien intentará convencerle de que vivir merece la pena. La luminosa personalidad de Ramón termina por cautivar a ambas mujeres, las cuales, tendrán que cuestionar como nunca antes, los principios con que rigen sus vidas. Él por su parte, se mantendrá firme en su idea, de que sólo la persona que de verdad le ame, será quien le ayude a cumplir su deseo.

Fonte: wikipedia


Reflexões e comentários

O filme é muito bom e muito bem feito. A interpretação de Javier Bardem é brilhante. Também gostei da interpretação da personagem Rosa, vivida por Lola Dueñas.

A história verdadeira de Ramón Sampero me deixou muito reflexivo. Pensei tanta coisa. A questão do tipo de vida que vale a pena viver, ou o inverso, o tipo de existência forçada que não vale a pena. Eu penso a respeito disso desde que me entendo por gente, diria que desde minha adolescência.

É muito bom o debate de Ramón com o padre também tetraplégico, que tenta convencê-lo de que a vida é maravilhosa e que não compete a Ramón decidir sobre quando viver ou morrer. Vale a pena ouvir os argumentos do marinheiro.

Sempre pensei a respeito dessa questão do viver e do tipo de viver que uma pessoa tem. Ao longo de minhas décadas de vida, a questão filosófica do tipo e qualidade do viver permeou momentos duros tanto na minha adolescência, quanto nas década dos meus vinte e dos meus trinta anos.

Hoje, aos 45 anos, sigo buscando o tempo inteiro motivações e objetivos de longo prazo, de médio prazo e de curto prazo. Busco válvulas de escape para alternar os duros momentos com alguma coisa prazerosa e que alimente minha psiquê. É sempre um difícil jogo de xadrez combinar as tristezas, decepções e dores com as coisas que nos convencem que vale a pena seguir.

Atualmente eu estou entranhado em uma tarefa que me designaram profissionalmente, a mais difícil em minha vida de lutas porque ela me consome de forma total e absoluta e eu não posso falhar. E estarei centrado nela nos próximos anos (ao menos até maio de 2018).

Vejamos como está minha existência neste instante. Estou em "férias" em meu trabalho já faz uma semana. Foi necessário que eu trabalhasse muito nestes dias de "férias" para produzir coisas que sei que se eu não fizer, não serão feitas. Não é mania de centralizar nada. Estou no movimento há bastante tempo para ter a certeza que se eu não fizer algumas coisas que ajudei a organizar, ninguém fará.

E a válvula de escape para compensar o viver?

Meus sonhos e desejos de realização pessoal estão praticamente todos no campo da leitura e pesquisa literária e cultural, no campo do esporte individual - corridas -, e no campo das viagens de conhecimento. Quase nada no campo da aquisição de posses e bens materiais.

Pois é. Eu me chateio cada vez que namoro meus livros, meus desejos literários. Pego neles, aliso, cheiro, começo a ler algumas páginas, faço devaneios de ler e escrever sobre eles... e em seguida preciso parar por causa de minhas prioridades profissionais. Aconteceu isso nestes primeiros dias de férias. Namorei os livros, escolhi um, comprei outro, e percebi que não posso mais ler mesmo. Não rola mais.

Eu preciso me convencer disso para não me chatear com o movimento de namorar, pegar e largar... a obra. Não posso ler como gostaria até acabar a minha missão profissional. E não posso deixar que isso afete meu ânimo.

Aí pensei em outra coisa do campo dos sonhos e das realizações pessoais. O esporte de corridas de rua. Recomecei faz dois meses me preparando e correndo a 90ª São Silvestre. Foi legal e foi importante porque a corrida faz bem à saúde e traz compensações para o estresse altíssimo de meu trabalho, que pode até nos matar. Será que vou conseguir manter ao menos essa válvula de escape para compensar o meu viver nos próximos três anos e meio?

A questão das viagens de conhecimento também será difícil porque algumas delas demandaria preparação e tempo. Eu não tenho tempo para nada mais complexo e programado para meses.

Por fim, vou tentar assistir a um pouco mais de filmes, porque a duração do prazer dura cerca de duas horas, mais um período de reflexão, talvez catarse e talvez comentário escrito.

Tudo isso pensei a partir da questão de viver ou não viver preso em um corpo inerte com a história de Ramón Sampero.


William Mendes
Um cidadão cumprindo compromissos
e buscando formas de valer a pena viver

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Corridas e Saúde em 2015 - Vou correr o ano todo e farei minha primeira meia maratona



O ano será de muitas corridas... e de muito trabalho!

Refeição Cultural

Após refletir nos últimos meses sobre cuidar melhor de minha saúde e minha condição física e psicológica, porque minha tarefa atual me coloca no limite do estresse humano quase que diariamente, acabei por me inscrever na 90ª Corrida de São Silvestre (15 km) e treinei em cerca de dois meses saindo do zero de condição física para conseguir cumprir a prova dia 31 de dezembro. Deu tudo certo e eu suportei bem o calor e a distância.

Uma certeza eu tenho: parar de praticar esporte e recuperar a forma física é muito difícil. Principalmente se a pessoa já passou dos trinta e poucos anos. Sei do que estou falando porque quase fui professor de Educação Física. Deixei o curso no meio do caminho por questões financeiras na época.

Nas últimas semanas, após mais dificuldades previstas e normais que sei que terei em meu trabalho no ano de 2015, decidi que não vou mais parar de correr. Decidi também que para cumprir o que eu estou exigindo de mim mesmo, vou participar de pelo menos uma prova por mês em um Estado (UF) diferente. Inclusive, voltei a assinar a melhor revista de corrida do Brasil: a Contra Relógio.

Mais ainda, decidi que chegou a hora de aumentar meus percursos e vou treinar meu corpo para correr uma meia maratona (21 km) neste ano. Ainda não será possível realizar meu sonho de correr uma maratona porque eu não tenho tempo disponível para treinar.

Mas estou otimista em conduzir melhor minha saúde para suportar os desafios que tenho como diretor eleito pelos trabalhadores para gerir a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil. Não me faltará foco e energia para realizar meus objetivos em 2015.


Terei meu calendário de 
corridas até dezembro.

Corridas de fim de semana

Para preparar melhor meu corpo para os desafios esportivos deste ano, tenho que aumentar um pouco a carga de quilômetros corridos por mês. Para a São Silvestre, corri 41 km em novembro e 47 km em dezembro.

Tenho que correr mais ou menos uns 60 km por mês para poder me adaptar para uma meia maratona. Vou montar meu programa e minha agenda.

Bom, neste fim de semana aqui em Brasília, fiz minhas primeiras corridas após a São Silvestre. Corri 5 km no sábado e corri 4,5 km no domingo. Muito calor, mas corri bem relaxado.


10k em Florianópolis SC dia 31 de janeiro

Cumprindo minha meta em corridas, me inscrevi para participar da Night Run 10k em Florianópolis no fim do mês. É uma corrida na praia e noturna. Vai ser diferente e vou me divertir nela.

É isso!

Vou conciliar meu trabalho com saúde porque isso é bom e necessário.

Seguimos na luta... e pra isso é preciso saúde e disposição!


Treinamento para a Night Run 10k (post scriptum)

Treino 1 em 2/01 sáb. DF.............. 5,0 km em 32'
Treino 2 em 3/01 dom. DF............. 4,5 km em 28'

(fiquei resfriado e parei 5 dias)

Treino 3 em 9/01 sex. SP...............4,2 km em 28'

(foi difícil, me senti sem energia e pesado)

Treino 4 em 11/01 dom. SP............6,0 km em 38'

Treino 5 em 14/01 qua. PE.............4,5 km em 30'

(corri na areia fofa entre as praias de Cupe e Muro Alto em Ipojuca. É bem mais difícil que correr em asfalto ou cimento. Percebi que vai ser dureza correr dez quilômetros na praia)

Treino 6 em 16/01 sex. PE.............6,0 km em 39'

(corri na praia novamente, desta vez entre as praias Cupe e Porto de Galinhas. Com areia pisada foi melhor. Mas correr na areia é muito diferente e mais difícil)

Treino 7 em 19/01 seg. PE.............6,0 km, sendo 3 km andando e 3 km correndo, em areia pisada e descalço, com direito a conseguir duas bolhas nos dedões.

Treino 8 em 20/01 ter. SP..............7,0 km (andando)
Treino 9 em 21/01 qua. SP.............5,0 km (andando)

Treino 10 em 25/01 dom. Praia Grande SP.... 5 km em 33'

(estou nadando também para melhorar condicionamento)

Treino 11 em 27/01 ter. Praia Grande SP.......6 km em 39'


(um Sol de meio-dia e um calor tremendo. Foi um grande teste de resistência e eu me superei. Depois nadei para soltar musculatura)

Treino 12 em 29/01 qui. Praia Grande SP.......4 km em 26'

(Finalizo o treinamento de janeiro para correr a Night Run 10k na praia Costão do Santinho em Floripa. Vamos pra uma experiência diferente. Correr em areia não será fácil. Espero poder completar a prova neste sábado à noite)

É isso! O esforço em percorrer 63 km em 12 treinos foi grande. Fui dedicado. Vamos para a prova...