quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

90ª São Silvestre - Completei a prova bem!


Completei bem minha 7ª São Silvestre.

Refeição Cultural - Viver é bom! Correndo é melhor ainda!

Hoje foi um dia de realização pessoal. Foi um dia de sentir felicidade. Não só porque concluí bem a minha sétima participação na tradicional Corrida de São Silvestre. Mas também porque estou abrindo novo período e percurso esportivo em minha vida.

Durante os 53 dias entre o primeiro treino (8/11) visando a corrida de São Silvestre e hoje, período que marcou a minha volta às atividades físicas, decidi que não vou mais parar de correr e não vou permitir sequer que minha agenda de trabalho faça isso. É uma decisão básica porque se eu não fizer isso, vou ficar pelo caminho em meu mandato de representação dos trabalhadores na entidade de saúde que estou gerindo.


O esforço e a força de vontade que tive para achar uma energia escondida em alguma parte de mim, em meio à uma agenda muito complicada de trabalho estressante, me salvaram de adoecer como tenho visto acontecer ao meu redor. Percebi pela minha participação na corrida hoje, sob um Sol e calor absurdos, que estou melhor e mais resistente que meses atrás. Neste ano não tive sequer câimbras. Meus tendões e músculos resistiram bem. Não tive queda de pressão. Nada errado. Ainda saí pra almoçar com a família após a corrida.

Em 2015 terei como válvula de escape entre janeiro e dezembro as corridas para preservar este corpo e a saúde mental que me fazem ser um militante e dirigente da classe trabalhadora. Não vou permitir que nada me destrua porque acredito na importância do trabalho que estou realizando.

É isso!

Parabéns a tod@s os participantes da prova. Parabéns aos praticantes de corridas de ruas.

Desejo aos companheir@s, amig@s e colegas bancários um ano de 2015 de muita saúde e paz e unidade de classe para enfrentar os capitalistas exploradores e os fascistas e simpatizantes.

Desejo que se realizem os sonhos dos progressistas que querem um Brasil mais justo e igualitário e de oportunidades para tod@s.

Consequentemente desejo que não se realize nenhum desejo político da direita e dos simpatizantes dela, mas desejo saúde a tod@s e a mesma felicidade que quero pra todo mundo.


Post Scriptum - Posse da Presidenta Dilma Rousseff

Inicio o ano de 2015 como foi todo meu ano de 2014 e os últimos 12 anos. Com a compreensão e apoio da família, sairei cedo neste dia 1º de São Paulo para marcar presença na posse da presidenta Dilma Rousseff para o novo mandato concedido a ela pelo povo brasileiro.

Serei só mais um na multidão nesta data importante para reafirmar que eu tenho lado e é o lado da classe trabalhadora e povo simples e mais humilde de meu país.


Post Scriptum II (14/7/16)

Naquele dia 30/12/14 foi aniversário do filhão. Escrevi no Facebook:

"Meu querido e amado filho Mário Augusto, UM GRANDE BEIJO E UM CAFUNÉ! Te amamos e desejo-lhe sabedoria e um caminho brando até as realizações e, sobretudo, muita saúde porque ela é fundamental. Tamo junto!"

Mário: "Vlllllws pai, pode deixa q a sabedoria vem huhuahua, e a saúde já tenho. #firme e #forte. tmj veio"

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

90ª São Silvestre - Sindicato acolhe bancários participantes na Regional Paulista


Convite e comentário:


São Silvestre 2009.
Fui diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região por 12 anos. Como amante das corridas de rua, sempre incentivei internamente no Sindicato, juntamente com outros companheir@s amantes do esporte, a formação de grupos de corridas entre nós e os bancários em geral.

Tenho muito orgulho de ter sido um dos idealizadores da proposta de abrir o Sindicato para acolher nossos bancários e bancárias sindicalizados no dia da corrida de São Silvestre. Fiz a proposta em 2007 e a partir de 2008 conseguimos disponibilizar a casa do trabalhador bancário para o evento e agora já é uma tradição, indo para o sétimo ano de acolhimento aos atletas bancários.

Convidamos a tod@s que utilizem mais este serviço do Sindicato em benefício de seus associados. Quem sabe nos vemos por lá porque eu também sou sindicalizado, faço parte desta história e estarei na Avenida Paulista para participar desta grande festa no dia 31 de dezembro, a corrida de São Silvestre.

Abraços,


William Mendes
Diretor de Saúde da Cassi

Corredores terão Regional Paulista como base

Bancários que participarão da São Silvestre vão contar com apoio da subsede do Sindicato, além de frutas e água à disposição


São Paulo – A corrida de São Silvestre, criada pelo jornalista Cásper Líbero, está completando 90 anos e muitos bancários amantes do esporte farão parte da festa no dia 31 de dezembro.

De olho no conforto desses trabalhadores, o Sindicato vai disponibilizar, pelo sétimo ano consecutivo, toda a estrutura da Regional Paulista. Além de guardar seus pertences e descansar antes da largada, os atletas terão frutas e água para se hidratar, antes e depois da prova de 15 quilômetros. A regional fica na Rua Carlos Sampaio, 305 (estação Brigadeiro do metrô) e estará aberta a partir das 7h (3284-7873 e 3285-0027).

A corrida – A 90ª edição da tradicional corrida pelas ruas de São Paulo terá largada na Avenida Paulista, próximo à Rua Frei Caneca, e chegada em frente ao prédio da Fundação Cásper Líbero (na Avenida Paulista, 900).

A categoria Cadeirantes corre a parti das 7h45. O pelotão de elite feminino, às 8h40. Logo em seguida, às 9 horas, será a vez do pelotão de elite masculino, pessoas com deficiência, o pelotão especial (masculino e feminino) e os atletas em geral.

A retirada do kit e do chip deve ser feita pessoalmente pelo atleta entre os dias 27 e 29 de dezembro das 9h às 19h, e no dia 30 de dezembro, das 9h às 16h, no Ginásio Estadual Geraldo José de Almeida (Rua Manoel da Nóbrega, 1.361).

Blog com a Redação do Seeb SP - 16/12/2014


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Post Scriptum:

Postei no Facebook a mensagem abaixo no dia do Natal, em Uberlândia:


A luta continua sempre! Não há outro jeito! Enquanto houver exploração dos homens pelos homens, haverá luta de classes. E eu tenho lado, e é o lado da Classe Trabalhadora!

Convido aqueles e aquelas que estão dispostos a lutar contra as mazelas do sistema capitalista, seus lacaios e vamos seguir na luta por um mundo mais justo e igualitário.

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Post Scriptum II:

Neste Natal de 2014, tivemos a grata visita de nosso amigo de infância, Rener. Que legal!

Titia Lúcia, mamãe Dirce, mana Telma, Rener e eu.

sábado, 20 de dezembro de 2014

Artigo: Síndrome de Capitu - João P. Cunha


Comentário do Blog: fiquei tão impressionado com o artigo do jornalista João Paulo Cunha, reproduzido na Agência Carta Maior, portal no modelo copyleft (como este Blog), que reproduzo aqui para meus leitores e amigos e para guardá-lo porque a qualidade do texto, tanto do ponto de vista político quanto literário, é fan-tás-ti-ca!

Eu sou um apaixonado pela obra de Machado de Assis. Cursei literatura e pude me aprofundar um pouco em obras machadianas como Dom Casmurro. Vale a pena a leitura e as comparações feitas pelo autor e jornalista.

William Mendes

Carta Maior - 18/12/14

O Brasil já tem presidente para os próximos quatro anos, o que está faltando é oposição responsável. A que existe hoje sofre da mesma síndrome de Bentinho


O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais lamenta a saída de João Paulo Cunha do comando da editoria de Cultura do jornal Estado de Minas, mais uma vítima da censura que impera nos grandes meios de comunicação e grassa em Minas Gerais, e repudia o cerceamento à liberdade de expressão.

Reconhecido como um dos mais brilhantes jornalistas e intelectuais mineiros, dono de uma vasta cultura e de um texto brilhante, João Paulo pediu demissão hoje à tarde. A decisão foi tomada depois da comunicação por parte da direção do jornal de que não poderia mais escrever sobre política na coluna que assinava semanalmente no caderno Pensar.

Seu último texto foi publicado no dia 6/12. Intitulado “Síndrome de Capitu”, critica a falta de uma oposição responsável no Brasil. “Há grandes projetos que impulsionam uma vida e moldam expectativas de futuro, algo que ganhou o belo nome de utopia”, diz um trecho do texto. E foi em nome dessa utopia que ele não aceitou mais essa imposição. Uma salva ao João.

Abaixo a íntegra de sua última coluna.

João Paulo Cunha - O Estado de Minas


Síndrome de Capitu

Existem duas verdades aparentemente óbvias que, no entanto, não têm ficado suficientemente claras para muita gente: o país mudou e a eleição já acabou. A insistência em dar continuidade ao processo que elegeu Dilma Rousseff poderia ser apenas um luto mal vivido, mas tende a se tornar perversa no campo político. Por outro lado, a recusa em enxergar a nova configuração da sociedade, resultado de seguidas políticas de distribuição de renda e inclusão social, pode gerar um impulso no mínimo grotesco em suas alusões reativas e chamamentos à ditadura.


É preciso ir adiante. A oposição, certamente, saiu fortalecida do resultado eleitoral bastante parelho. Mas corre o risco de jogar fora esse crescimento quantitativo em nome de um comportamento pouco produtivo em termos políticos. Em vez de jogar com seu eleitor fiel, interpreta os votos de acordo com suas conveniências e joga para a plateia pelos meios de comunicação, sem perceber que essa falácia já mostrou ser um paradoxo invencível: tem mais brilho que consistência, mais efeito que substância, mais eco que voz.

A oposição de hoje parece viver, no campo da política, o que Bento Santiago, o Bentinho de Dom Casmurro, de Machado de Assis, viveu em seus tormentos de alma: se perde na fantasia da traição (mesmo que ela tenha sido real). Para lembrar sumariamente o enredo do romance, Bentinho se apaixona por Capitu, desde logo apresentada como portadora de “olhos de ressaca”. São jovens de classes sociais distintas. Um arranjo permite o casamento. Logo Bentinho, já pai e bem posto na vida como advogado, desconfia que está sendo traído pela mulher com o melhor amigo, em quem vê semelhança com o filho. O casal se separa, o filho morre e Bento, sozinho, leva adiante sua sina de ser casmurro e sofrer com a desconfiança até o fim da vida.


Machado de Assis, como sempre, ao falar de seus personagens, está figurando a sociedade de seu tempo. Bentinho não sofre só pela traição, mas porque não entende que o mundo mudou. Não pode aceitar que a sociedade republicana deixou para trás as amarras elitistas do Segundo Reinado e da escravidão. Bento não reconhece a mulher, a sociedade, a história. Não pode aceitar que ela tenha uma vida independente e autônoma. Tudo que ele não compreende o ameaça. Capitu não é apenas a mulher, mas tudo que perdeu em seu mundo de referências que se esvaem. Mais que sexual, a traição é histórica. Homem de outro tempo, só resta a ele tentar convencer ao leitor e a si próprio de seu destino de vítima. E soprar um melancólico saudosismo acerca dos tempos idos, que busca reconstruir em sua casa feita à semelhança do lar da meninice.


O Brasil tem uma recorrente síndrome de Capitu: tudo que a elite não tolera se torna, por meio de um discurso marcado pela força jurídica e da tradição, algo que deve ser rejeitado. Eternos maridos traídos. A tendência de empurrar a política para os tribunais é uma consequência desse descaminho. Assim, tudo que de alguma forma aponta para a mudança e ampliação de direitos é considerado ilegítimo e, em alguns momentos, quase uma afronta que precisa ser questionada e combatida. Foi assim com a visibilidade dada aos novos consumidores populares (que foram criminalizados em rolezinhos ou objeto de ironia em aeroportos), com as cotas raciais para a universidade, com a chegada de médicos estrangeiros para ocupar postos que os brasileiros, psicanaliticamente, denegaram.

O romance de Machado de Assis tem ainda outro personagem curioso para a sociologia e psicologia do brasileiro, o agregado José Dias. Trata-se de um homem que vive às expensas da família de Bento e que, por isso, não cessa de elogiar quem o acolhe. Típico representante de certa classe média, ele é o bastião dos valores da burguesia da época, da qual só participa de esguelha. Mais burguês que os burgueses, em sua subserviência, ele gasta os superlativos e a vida a invejar e defender os “de cima”, com pânico de ser confundido com os “de baixo”. Epígonos de José Dias, hoje, são os que amam Miami, levam os filhos para ver o Pateta e participam de passeatas pedindo a volta dos militares.

Leviandade

Mas o que a síndrome de Capitu tem a ver com a política brasileira de hoje? Em primeiro lugar, ela explica por que, em vez de armar uma oposição de verdade, os partidos derrotados tentam inviabilizar a sequência do processo democrático. Em segundo lugar, pela defesa da dupla moral, que desculpa os erros do passado por causa da dimensão dos desvios de hoje, numa reedição do estilo udenista e despolitizador de analisar a conjuntura. Tudo que pode de alguma forma macular a oposição é considerado “sórdido” e “leviano”, numa substituição da política pela moral de circunstância. A corrupção, com sua espantosa abrangência, precisa ser combatida em toda sua dimensão e arco histórico. Nenhum culpado pode ficar de fora, de empresários a políticos de todos os partidos.


Por fim, a personagem machadiana ajuda a explicar a fixação em torno de determinados temas – no romance, é a traição, na vida política atual, é a inflação –, que são muito mais derivações que propriamente o que de fato interessa. A escolha dos ministros da área econômica mostrou como mesmo um governo popular e eleito democraticamente confirma as intuições de Machado de Assis. A excessiva submissão aos interesses rentistas pode ser um recuo estratégico. Mas é um recuo. Uma capitulação.

Economia não é uma ciência exata e, muito menos, isenta de componente ideológico. Um governo de esquerda precisa de uma política econômica de esquerda. Além do equilíbrio macroeconômico, o mais importante é apontar as estratégias de distribuição de renda e de investimento na área social. O deus Mercado não pode falar mais alto que os filhos de Deus. No complexo tecido que sustenta a governança, a presença das forças populares não pode ser colocada em segundo plano, como vem sendo até agora. A excessiva sujeição ao cálculo do apoio político está na base da grande corrupção que hoje enoja a todos. Por isso a reforma política popular se tornou a agenda prioritária da sociedade.

A oposição, por sua vez – e o senador Aécio Neves, candidato derrotado como seu nome de maior destaque –, tem uma tarefa a cumprir: dar um passo à frente no jogo político, com a grandeza que o momento requer. O que ainda está devendo.

Bentinho perdeu sua vida ao ficar preso a um passado de desconfianças que, de resto, até hoje divide as opiniões. Há grandes projetos que impulsionam uma vida e moldam expectativas de futuro, algo que ganhou o belo nome de utopia. Há, entretanto, obsessões que paralisam pelo rancor e ressentimento. Bentinho, é bom lembrar, nunca mais foi feliz. Foi ele mesmo o criador e a vítima da síndrome que o consumiu.

Fonte: Carta Maior

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Rocky III - Sobre o Olho do Tigre e o Medo



Série Rocky Balboa.

Refeição Cultural

Esse terceiro filme da série Rocky Balboa tem dois temas que são muito marcantes para mim, desde muito tempo, desde minha adolescência. Diria que qualquer pessoa poderia escolher algum momento de sua existência relacionada a esses temas - o "Olho do Tigre" e o "Medo".

Estou revendo o filme numa sexta-feira, depois de uma longa e dura semana de trabalho, sozinho em casa e esperando esposa e filho chegarem de Osasco SP para morarem definitivamente aqui em Brasília, DF.

Estou pensando se escrevo uma breve sinopse da estória ou se vou direto para minha reflexão sobre cada tema. Vai lá, vou fazer um comentário sobre o enredo.

ROCKY III (1982)

O agora campeão mundial de boxe, da categoria peso pesado, Rocky Balboa, está prestes a se aposentar. Já está bem financeiramente, com a amada esposa Adrian e com um filhinho. Depois de vencer o ex-campeão Apollo Creed (Rocky II), defendeu o cinturão por cerca de três anos - foram dez vitórias.

Há um novo desafiador, um lutador sem treinador, feroz, com uma raiva de tudo e todos, e muito forte. Clubber Lang quer lutar com o campeão. Mick, o velhinho treinador de Rocky, nunca permitiu. Após Balboa ser homenageado pela municipalidade de Filadélfia, com uma bela estátua, ele comunica que vai se aposentar.

Em meio aos protestos dos fãs, Clubber Lang aparece e fala umas poucas e boas para Rocky e ainda ofende sua esposa. Rocky decide lutar contra ele e Mick não concorda e avisa que está fora e vai embora.

Após Rocky insistir, Mick diz que ele não pode vencer Clubber porque desde que ganhou o título de campeão perdeu a gana de lutador e que o desafiante vai massacrá-lo. Também confessa que as defesas de título não foram com os melhores lutadores. Por fim, diz que agora Rocky se tornou "civilizado", algo como "acostumou-se ao bem bom".

O resultado é o massacre de Rocky no ringue, enquanto Mick morria de infarto no vestiário. 

Apollo propõe treinar Rocky para uma revanche. Apollo o leva para recuperar o "Olho do Tigre", a fome, a gana que faz alguém vencer. Mas Rocky não está tendo ânimo nos treinamentos. 

A cena mais bela do filme é quando Rocky desiste de treinar e sua esposa Adrian abre um diálogo profundo com ele na praia.

O MEDO

Vendo a cena emocionante entre Rocky e Adrian, lembrei-me de uma cena de minha vida sindical onde o medo era a temática. A cena da praia no filme é tocante:

Adrian pergunta por que Rocky não está se dedicando aos treinamentos. Rocky diz que não quer mais. Após muita insistência de sua esposa, ele afirma que antes, quando ele vivia na miséria, ele não se importava de apanhar por uns trocados, mas que agora era diferente porque ele tinha sua esposa querida e seu filho e não queria perder isso.

Adrian não aceita a resposta e continua pedindo a verdade. Rocky então confessa que está com medo. Pela primeira vez na vida está com medo. Não acredita mais em si mesmo depois que descobriu que os lutadores que venceu não eram os melhores. Está com medo!

- Estou com medo! Quer me ouvir dizer? Quer acabar comigo? Pela primeira vez, estou com medo!
- Eu também! Não há nada de errado em ter medo. (diz sua esposa)
- Para mim, há!
- Você é humano, não é?
- Não sei o que sou, só sei que sou mentiroso...

(após discutirem sobre Rocky se sentir culpado pela morte de Mick e sobre como viver com aquela derrota humilhante por nocaute, Adrian diz que tanto ela quanto Apollo confiam em Rocky, mas a decisão é com ele)

- E se eu perder?
- Então perdeu. Ao menos perde sem desculpas, sem medo. Sei que com isso você pode viver (afirma Adrian).

A cena e o diálogo são muito tocantes.

GREVE DOS BANCÁRIOS (2010) - O MEDO

Essa questão de ter fome, gana, colocar o coração em tudo o que se faz, ter o "Olho do Tigre" eu diria, faz parte de minha essência. Me esforço para não perder a gana que adquiri em minha existência atribulada - não me acostumar com o bem bom.

Nunca vou me esquecer daquele dia em que fui à agência Osasco Centro para conversar com meus colegas bancários sobre a importância deles aderirem à greve da categoria. Naquele ano de 2010, eu estabeleci para mim uma tática de ir até as grandes agências do BB e fazer reunião com os funcionários, a maioria comissionados, para que eles fechassem o ponto eletrônico e aderissem à greve. A experiência foi emoção pura. Cada agência que fui em Osasco, no Centro de São Paulo, na Zona Norte e na Zona Oeste, marcou-me profundamente.

Quando nos reunimos no saguão do segundo andar da agência Osasco, umas vinte pessoas, expliquei sobre o motivo da greve, a importância da adesão de cada um dos colegas comissionados. Eu gosto de me colocar na mesma posição de meus representados. Ouvi-los. É muito rico isso. Eu conhecia a turma. Quase sempre, eles não aderiam às greves.

Uma menina foi franca e falou que estava com medo. Que tinha muito medo de aderir à greve. Com isso, mais pessoas se manifestaram.

Foi muito legal porque eu falei do medo. Falei que é bom e natural que tenhamos medo justamente porque somos humanos e quem não tem medo é maluco. Eu expliquei que o medo faz parte, mas que num movimento de trabalhadores por luta justa de direitos, o medo é calculado. A pessoa não está sozinha.

A menina chorou. Eu não aguentei e chorei na hora também. Alguns choraram...

Depois, todo mundo conversou e coletivamente decidiram fechar o ponto e saírem comigo...

Foi um dos momentos mais emocionantes de minha vida sindical. Aqueles comissionados fizeram uns 5 dias de greve. Acho que marcou a todos nós aquela superação do medo (chorei só de lembrar).

COMENTÁRIO FINAL


Acho que é por isso que em momentos difíceis revejo filmes de personagens como Rocky Balboa.

É por isso que faço minha romaria de 80 km todo ano lá em Minas Gerais.

É por isso que não admito que eu mesmo perca a gana na luta e na mudança. Fico triste de ver, às vezes, sindicalistas ou lideranças sociais "civilizadas - tipo acostumadas no bem bom", sem o brilho no olho, sem o "Olho do Tigre", com gana de mudar e lutar.

É isso! Tchau!

William

Diário - 181214 (Bebo em Drummond... corro contra a tristeza)



Correr... meu comprimido de "soma"...

Refeição Cultural


Os ombros suportam o mundo

"Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração...

(...)
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco..."



BEBO EM DRUMMOND

Hoje foi um dia difícil e até triste para mim.
Minhas mãos estão tecendo o rude trabalho aqui em Brasília - DF.
Estou em débito com meu filho e esposa pela ausência deste dia.
Não pude estar nesta noite na formatura dele lá em Osasco SP.
Me senti mal por isso.

- Parabéns meu filho por completar essa fase dos estudos. Siga adiante e me perdoe por desta vez não ter conseguido estar aí com vocês!

Com a tristeza, alguns usam drogas.
Outros bebem. Boa parte toma remédio.
Meu remédio foi chegar quase nove da noite, por um tênis e sair correndo.

Essa é uma cena que me marcou muito em Forrest Gump. Para digerir grande tristeza, Forrest pôs o tênis e saiu correndo...

Corri até sentir a digestão feita daquela dor do dia. Foram 10 km.
Eu não vou permitir mais nada me fazer parar de correr como fiz comigo mesmo nos últimos anos.


"Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos..."



BEBO EM DRUMMOND

Posso até ficar sozinho para enfrentar os desafios que tenho, mas tenho minhas certezas, mesmo quando não sabemos onde está o verdadeiro abraço amigo, o verdadeiro afago de carinho sem interesse nem hipocrisia.


"Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação."



BEBO EM DRUMMOND

A minha vida é uma ordem, dada por mim mesmo para os compromissos que estabeleço para cumprir. Depois de traições, tristezas, temos projetos do bem a encaminhar e para a coletividade, não há espaço para mistificação... as dificuldades só provam que a vida prossegue e não adianta morrer.


Poema das sete faces

"Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida...

(...)

O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode...

(...)

Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração...."


BEBO EM DRUMMOND

Meu coração é vasto, não desisto fácil... DE NADA!

E finalizo com Legião Urbana


Metal contra as nuvens

"Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão...

É a verdade o que assombra
O descaso que condena
A estupidez, o que destrói
Eu vejo tudo que se foi
E o que não existe mais
Tenho os sentidos já dormentes
O corpo quer, a alma entende
Esta é a terra-de-ninguém
Sei que devo resistir
Eu quero a espada em minhas mãos
Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão
Não me entrego sem lutar
Tenho, ainda, coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então..."

CORRI 10 KM, BANHEI-ME COM ENDORFINA (SERÁ MEU REMÉDIO), AGORA VOU DORMIR E ACORDAR PARA UM NOVO DIA... PORQUE EU TENHO MUITO QUE FAZER... E ESTOU VIVO PRA ISSO!
William

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

A importância dos bancos públicos no desenvolvimento da sociedade


Fatores consideráveis no papel dos bancos em um sistema financeiro nacional

Este breve artigo se baseia nos estudos feitos pela Confederação Nacional dos Bancários, da Central Única dos Trabalhadores (CBN/CUT), organização brasileira que precedeu a atual Contraf-CUT. Os estudos foram realizados numa série de encontros e reuniões nacionais envolvendo diversas entidades e personalidades do movimento sindical, parlamentar e acadêmico, nos anos noventa. O embate contra a hegemonia do capital financeiro na economia é tão difícil que, mesmo após três mandatos populares do Partido dos Trabalhadores (2003-2014), a sociedade brasileira não conseguiu aprovar lei que regulamente a previsão constitucional sobre o tema. 

Os estudos tinham como objetivo apresentar as propostas e visões da classe trabalhadora para a regulamentação do Sistema Financeiro Brasileiro e o fortalecimento dos bancos públicos, a partir das premissas definidas na Constituição Federal cidadã, aprovada pelo povo brasileiro em 1988, após décadas de combate à ditadura civil-militar instalada no País desde 1964 e derrotada pela população, que foi às ruas nos anos oitenta, liderada pelo movimento social organizado.

O sistema financeiro de um país deve estar organizado de maneira a exercer papel fundamental para o funcionamento da economia. Um dos papéis prioritários do sistema é prover crédito a custo baixo para a população e as pessoas jurídicas e atuar na universalização dos serviços bancários. O Banco Central deve perseguir metas definidas pelo governo e, nelas, deveriam ter metas de geração de emprego, além da tradicional meta de inflação.

O que vemos no cenário atual é o inverso: as instituições financeiras abocanham parcelas consideráveis da renda nacional, parcelas engordadas pelos lucros fáceis oriundos de inflação, taxas de juros oficiais elevadas, tarifas e spreads abusivos e salários insuficientes de seus funcionários, sobrecarregados pelo excesso de trabalho e pelas metas de vendas de produtos financeiros nem sempre necessários aos clientes.

Premissas para um Sistema Financeiro voltado ao desenvolvimento social com distribuição de renda a partir do trabalho:

-          Ter instrumentos eficazes de controle democrático da sociedade sobre o sistema financeiro;
-          Ter possibilidade de direcionamento do crédito e regulação dos juros para as áreas prioritárias, sendo estas definidas em instâncias onde estão representadas as forças políticas da sociedade;
-          Imposição de limites à ação predatória do capital bancário privado, nacional e estrangeiro;
-          Defesa dos bancos públicos e de sua atuação econômica e social, ao lado do progressivo desenvolvimento do controle democrático da sociedade sobre estes bancos.

Autonomia e independência de bancos centrais? Os Sistemas Financeiros nacionais devem atuar no interesse da sociedade

Além das premissas citadas acima, é importante combater os objetivos das correntes liberais e conservadoras quando lidamos com a questão de bancos e sistemas financeiros. Devemos combater as ações e teses que visam a limitar ou aniquilar os bancos públicos. Por outro lado, é necessário evitar o uso deles como instrumentos de sustentação e ampliação de esquemas clientelísticos e de assalto organizado aos cofres públicos.

Devemos estar atentos a propostas de “independência” dos bancos centrais porque, em geral, por trás delas estão objetivos que visam reduzir ao máximo o controle democrático da sociedade sobre o sistema financeiro. Aliás, a sociedade precisa de um Banco Central independente do mercado financeiro.

Teses de “autonomia” e “independência” dificultam também outro papel fundamental de um sistema financeiro que é utilizar os bancos, principalmente os públicos, como instrumentos legítimos e necessários de política econômica e de viabilização de políticas sociais. A autonomia deve se dar na execução das tarefas definidas pelas instâncias de regulação e pelas orientações da legislação.

Natureza e papel dos bancos públicos

As instituições estatais e públicas representam um importante instrumento para uma atuação do setor financeiro voltada para os objetivos sociais e para o desenvolvimento econômico mais integrado e soberano que se deseja para os países.

Os estudos do DNB/CUT estabeleceram dois valores fundamentais a serem perseguidos na discussão acerca dos bancos públicos:

-          Preservar o sistema de bancos públicos como instrumento de grande significado para as políticas de desenvolvimento econômico e social dos países, com a indispensável luta para que este seja de fato seu objetivo maior de atuação;
-          Desenvolver e aprimorar instrumentos de controle democrático da sociedade sobre estes bancos, incluindo-se aí o controle e fiscalização dos bancos, a transparência nas demonstrações financeiras; a divulgação dos beneficiados por operações especiais, e outros na mesma linha.

A presença da ação estatal foi e continua sendo decisiva para as economias que pretendem saltar em direção ao futuro, em direção ao desenvolvimento econômico sustentável com distribuição da riqueza produzida pela sociedade.

Os estudos em questão citaram grandes países que superaram crises no século XX sem prescindirem de bancos públicos e sistemas financeiros com maior controle estatal – Alemanha, Japão e Coréia.

Importância dos bancos públicos brasileiros no pós crise mundial de 2008

Vejam o exemplo do papel e desserviço dos bancos privados no Brasil: são muito eficientes para acumular superlucros, para ganhar bastante às custas dos títulos públicos, para especular nos diversos mercados, mas nunca conseguiram se transformar de fato numa alavanca para os investimentos produtivos. Isso não mudou ao longo do século passado e segue assim mesmo após a nova crise capitalista de 2008.

A verdade brasileira é que ao longo da história do País foram os bancos públicos – federais, regionais ou estaduais, caixas econômicas ou bancos de desenvolvimento – que atuaram como fontes de crédito bancário para investimentos, financiamentos da produção em diversos setores estratégicos e para programas sociais.

Após a crise de 2008 foram os bancos públicos, principalmente o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal que salvaram o País com a injeção de centenas de bilhões de reais para manter a produção e o consumo das famílias e a estabilidade nos empregos e na economia em geral. Mais da metade de todo o crédito brasileiro está concentrado nos bancos públicos, e a relação crédito/PIB ainda está na casa de 50% e precisa crescer.

Este papel desempenhado pelos bancos públicos brasileiros no governo do Partido dos Trabalhadores no pós crise de 2008 é o que chamamos de papel anticíclico que os bancos podem e devem ter.

Agentes dos Programas Sociais dos governos

Todos os programas sociais de governos progressistas podem ser executados pelos bancos públicos. O caso brasileiro também ilustra muito bem isso. Os programas de crédito para habitação popular (Minha Casa, Minha Vida), crédito universitário (Pró-Uni), Bolsa Família, Programa para Agricultura Familiar (Pronaf), dentre outros, são executados principalmente pelos bancos públicos.

Outra questão muito importante no papel de um banco público é a possibilidade governamental de não permitir naquele país a transferência de poupança de regiões com renda inferior à média nacional para outras de maior desenvolvimento. Essa é a regra mais comum na atuação de um banco de capital privado, porque o capital vai aonde há mais oportunidades de negócio, lucro e especulação e deixa-se a população local sequer com os seus próprios recursos de poupança para o investimento produtivo e manutenção daquela comunidade.

Por fim, é importante que a regulamentação e as normais legais do país estabeleçam as fontes de recursos para os bancos públicos, além daquelas disponíveis na atuação no próprio mercado bancário. Isso porque as disponibilidades financeiras dos tesouros e entidades públicas do país devem estar alocadas nos bancos públicos numa relação de remuneração justa tanto pela prestação de serviços deste para o órgão público, quanto pelo uso das disponibilidades financeiras dos órgãos públicos pelo banco.

O controle social será de importância cabal nos bancos públicos para garantir sua perenidade e seu bom desempenho como agente do governo nas políticas públicas, como regulador e balizador do mercado bancário e como agente multiplicador da moeda e da circulação monetária no país.

Os conselhos de administração destes bancos devem contar com a representação de um conselheiro eleito pelos trabalhadores, além de outras possibilidades de representação da sociedade.

Concluímos que os bancos públicos são fundamentais nos sistemas financeiros das economias modernas e têm papel decisivo no desenvolvimento dos países para se alcançar crescimento econômico com distribuição de riqueza produzida a partir do trabalho.

William Mendes
Secretário de Formação da Contraf-CUT (2012/2015)

Bibliografia:


Cartilha: Democratização e Controle Social do Sistema Financeiro – A CNB/CUT e a Regulamentação do Sistema Financeiro Nacional (1993)

domingo, 14 de dezembro de 2014

São Silvestre, Aquário e Oceanos... meu fim de semana


Refeição Cultural

Chegou o fim do fim de semana. Que pena! Ainda não descansei...


Treinamento para a São Silvestre


No sábado, repetiu-se o estado de cansaço físico para cumprir minha tarefa de treinamento para a prova de São Silvestre. 

Antes, vale contar aquela cena da Lei de Murphy de sexta-feira à noite: Depois de terminar o semestre de visitas e contatos com os trabalhadores do meu jeito tradicional, fazendo reunião com os colegas da agência do BB que me cedeu para meu mandato na Cassi, a agência Vila Iara, fui tomar uma cervejinha com o colega. Indo embora para casa depois da chuva, estava um breu total no bairro porque havia acabado a luz desde às 5h da tarde. Entrei até no Shopping e esperei umas duas horas e nada da luz voltar. Fui para o condomínio. Tive que subir os 17 andares à pé... e não é que quando eu cheguei no 16º quase morrendo, com os bofes pra fora, a luz chegou!?... sem comentários.

Como também sou filho de Deus conforme diz o ditado, dei uma relaxada no foco do treinamento e tomei umas brejas tanto na sexta quanto no sábado, em um churrasco que fazemos todos os anos para nossa comunidade do Condomínio Flamboyant. Além de já ter sido síndico, sou o morador mais antigo do prédio.

E a coragem para correr os 7 Km que estavam na minha planilha após toda aquela carne e cerveja? Olha, eu descobri que ainda sou "foda" porque cheguei a sair só para caminhar no início da noite de sábado, mas peguei e embalei um trote e lá fui eu cumprir minha tabela de treinamento. Corri os 7 Km em 48'... depois ainda peguei o restante do churrasco e comi umas frutas e mais uma proteinazinha de carne vermelha... Mas foi legal me superar mais uma vez!


Domingão de afazeres domésticos


Olha meus pequenos aí... já estão bem velhinhos...

Ao acordar, desisti de ficar barbudo até a São Silvestre. Fiz a sessão de barba e cabelo em mim e no meu filho.

Depois veio a grande tarefa de ser responsável por aquilo que cativa, como diz o Pequeno Príncipe... desmontei o aquário para lavar e cuidar dos meus pequenos. Deu um trabalho de umas duas horas. Ai minhas costas...

Beleza! Decidi não correr o programado da tabela para domingo por estar bem cansado e não correr risco de me machucar. Mas estou em dia com os objetivos porque fiz uma corrida extra na quarta que compensa a deste domingo de descanso.


A parte vermelha fica para o banho de sangue que os
humanos praticam diariamente contra os seres dos Oceanos.

Documentário Oceanos (2009)

Já que não corri e descansei, decidi assistir algo na parte da tarde. Peguei um dos montes de vídeos que tenho e que nunca vi e tive uma catarse ao viajar e mergulhar com o documentário Oceanos.

Incrível! Deslumbrante!

Quando eu era adolescente, tinha um pensamento fixo de como seria maravilhoso poder voar e mergulhar e estar conscientemente no espaço, no fundo dos mares e rios e nos lugares mais inóspitos e mais selvagens e inexplorados da Terra. Chegava a pensar se não seria possível realizar isso após a morte, na eventualidade de haver uma sequência consciente do seu ser.

Eu agradeço aos produtores e aos seres humanos que têm dedicado suas vidas para filmar, estudar, fotografar o mundo selvagem para nos dar o acesso com o simples toque de um botão de vídeo. É uma catarse e nos põe a pensar e refletir profundamente. Ao menos foi assim comigo.

Cara, fiquei lembrando da postagem que fiz outro dia onde reproduzi um diálogo entre um cientista e a dupla do Arquivo X, Mulder e Scully, e o cientista explicava que ao longo dos milhares de anos onde os humanos se estabeleceram como os ditadores do mundo, ficou claro uma coisa: que onde nós chegamos, a ameaça a todas as outras formas de vida é inevitável. Nós destruímos todas as outras possibilidades de existência. Ver postagem AQUI.

É isto que estamos fazendo com os oceanos e com a vida no único planeta conhecido até o momento no Universo que tem vida e diversidade de vida.


Tomando uma breja com amendoim.
Presente dos companheiros do Sindicato
dos Bancários de Jundiaí. Valeu Sílvio
e Álvaro.
Ao mesmo tempo em que me deu uma humildade imensa por ver a imensidão da vida em nosso mundo, me deu uma tristeza profunda do que estamos fazendo com os animais e seres vivos neste belo planeta Terra, que depende da vida nos oceanos para ser o que é neste momento após bilhões de anos.

É isso, escrever é uma forma de resistência. Já valeu a pena refletir e escrever. Não tive ânimo para isso na sexta e sábado pelo cansaço que me dominava.

Vamos para mais desafios na semana que entra (porque os tenho!).


William
Um ser vivo entre tantos

domingo, 7 de dezembro de 2014

Rumo à São Silvestre... Superando tudo por meu objetivo



Quem manda em meu corpo sou eu...
tem que ser assim!

Refeição Cultural


Vencer o cansaço faz parte do Meu Caminho para a São Silvestre

Eu tive uma semana de trabalho impossível, daquelas difíceis de acreditar se contarmos.

Saí de Brasília e fui ao Rio de Janeiro por dois dias, depois voltei para Brasília, depois fui para Cuiabá e por fim São Paulo. Fiquei duas semanas sem vir à minha Osasco.

Dormi poucas horas durante toda a semana. Isso prejudica muito meu treinamento para a São Silvestre. O estresse emocional somou-se ao cansaço físico. Na segunda-feira foi o velório em Niterói de nosso ex-presidente da Cassi.

Em quatro dias, dois táxis quebraram levando-me a algum destino. No domingo, indo do Aeroporto Santos Dumont ao hotel, gastei mais de duas horas e dois táxis para chegar ao hotel. Na quarta-feira, outro táxi quebra comigo indo para o Aeroporto de Brasília, quase perco o voo para Cuiabá. Fui salvo pelo companheiro Júnior.

Fiquei sem dormir de quinta para sexta-feira, vindo de madrugada de Cuiabá, onde participei da Conferência de Saúde da Cassi e tinha compromisso durante o dia em São Paulo, incluindo debate na AFABB SP às 14h.

Finalmente fui dormir em Osasco na sexta-feira à noite bastante cansado e meio zumbi...



O treinamento do fim de semana era um longão de 10 Km

Acordei sábado todo pedrado, corpo talhado de cansaço e estresse. Tive que mentalizar muito ao longo do dia para cumprir meus objetivos dos treinos 9 e 10.

Meu corpo me pediu que desistisse de correr o longão de 10 quilômetros... eu titubeei a manhã toda. Decide que tentaria correr à tarde, início da noite, para poder descansar um pouco mais. Foi muita força de vontade que me fez sair para correr sábado depois das sete da noite.

Consegui correr os 10 Km em 72' em percurso misto, sendo 5 km com uma subida de 1 Km e depois mais 5 Km em pista no Parque Continental. Fiquei exultante e com hormônio do prazer (endorfina) irrigando meu corpo.

Eu preciso disso porque minha vida de luta tem sido extremamente dura para uma pessoa de 45 anos de idade. Eu sonhei em ter encontrado paz, sei lá... talvez paz de espírito nesta fase da vida, mas no sistema capitalista em que vivemos, e na posição social em que nascemos - proletários e subproletários - não é possível sonhar com essa "paz" em vida. Há que se lutar sempre...

Neste domingo tive que vencer novamente a preguiça... agora porque havia cumprido minha missão de correr os 10 Km no dia anterior... minha tabela previa andar mais 5 Km hoje para soltar o corpo e não "amolecer" prostrado com ácido lático pelos músculos.

Deu trabalho sair de casa, mas caminhamos os 5 Km.

É isso!

Corre Forrest, corre! Que a São Silvestre está logo ali no final do mês...


Post Scriptum:

De quebra, fiquei três dias sem acessar rede mundial, rede social etc... eu não sou escravo nem bateria dessa Matrix...

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Post Scriptum II:

Anotei na minha conta do Facebook no dia 11 de dezembro o seguinte:


"INSTANTES...

TRABALHANDO MUITO... E CORRENDO PARA ME SALVAR...

Estou focado de corpo e mente na gestão da Caixa de Assistência como a coisa mais importante de minha vida, pois meus compromissos com a classe trabalhadora que me elegeu são sagrados. Também estou focado em me manter vivo e saudável para enfrentar os imensos desafios da representação na Cassi... pra isso decidi voltar a correr para aguentar a carga... Hoje consegui fazer um treino extra em minha tabela de preparação para a São Silvestre. Foi para tirar das costas e da cabeça o longo dia focado nas questões da Cassi. Abraços a tod@s


PS: hoje vi um comentário em uma postagem nos grupos do Face sobre um problema momentâneo da Cassi em SP, comentário que é bem típico de alguns poucos seres humanos que estão por aí... maledicência pura... a pessoa disse que "provavelmente aquele pessoal eleito para a Cassi já está na praia pensando no Carnaval"... enquanto isso eu tenho uma agenda de trabalho pública como vocês sabem, com jornadas de 12 a 16 horas dedicadas ao dia a dia da Caixa de Assistência ou negociações e políticas correlatas ao mandato... (tirei férias em agosto e trabalhei praticamente os 15 dias, inclusive com agendas da Cassi) e a companheira Mirian trabalhou hoje o dia inteiro pela Cassi (e ela está em férias...)

Sinceramente, estou tão acostumado com algumas figuras maledicentes que prefiro lembrar mais das pessoas que nos escrevem ou falam palavras de incentivo para continuarmos nosso trabalho... é isso! Boa madrugada e bom descanso a tod@s de boa fé.

William"