terça-feira, 31 de dezembro de 2013

89ª São Silvestre - Feliz por completar minha 6ª participação



Pois é!

Finalizei o ano calendário de 2013 participando da 89ª Corrida de São Silvestre. Esta foi a minha 6ª participação nas últimas 7 corridas desde 2007. Fiz os 15 km em 1 hora e 50 minutos. Estou muito contente por mais esta participação e por ter corrido tudo bem.

Fui reler em meu blog sobre as participações anteriores e todas elas tiveram a sua história.

Para uma comparação rápida, minha primeira São Silvestre (2007) foi feita em 1 hora e 55 minutos. Eu tinha 38 anos. Meu melhor tempo foi em 2010 com 1 hora e 37 minutos (41 anos).

Em 2009, corri algumas semanas depois da morte de minha tia Alice e estava muito deprimido (corri inspirado pelo personagem Forrest Gump, que saiu correndo para queimar algumas tristezas). 

Em 2011 não me inscrevi por protesto por mudarem a chegada da prova, jogando os corredores para o Ibirapuera.

No ano passado, tive uma inflamação na planta do pé uma semana antes da prova e, apesar da frustração naqueles dias, comprei um tênis novo, fui para Av. Paulista disposto ao menos a caminhar e corri a prova inteira em 1 hora e 55 minutos.

Neste ano, já com 44 anos de idade, juro que os sinais de meu corpo eram de que eu não conseguiria completar a prova. Estou sem condições físicas. Estou perdendo musculatura por falta de treinamento de manutenção muscular e a seguir assim em minha vida...


A CORRIDA

Acordei cedo e fui para a Av. Paulista. Passei na Regional Paulista do nosso Sindicato e cumprimentei o pessoal - já virou uma tradição abrir o Sindicato para os corredores.

Entrei em um estado de concentração total e fui para o meio da multidão de mais de 30 mil pessoas. Só levei uma bebida isotônica para os momentos de prováveis necessidades de hidratação. Eu venho com dores constantes nos tendões de aquiles e também estava sentindo um pouco o adutor da coxa direita.

Só consegui passar pela largada após 20 minutos da partida. A cada ano tem mais gente inscrita na prova, pois além dos 27,5 mil inscritos deve haver mais alguns milhares sem inscrição.

Concentração total. Minha intenção era de fazer um trote de cerca de 7' a 7' e 1/2 o Km. Passei pelo 1º km nos 7'. Passei o 2º, 3º, 4º e 5º km. Estava tranquilo. Inclusive desci correndo aquela parte terrível do começo do Pacaembu. Fiz nos 35' previstos a primeira terça parte da prova.

O calor apertou. Já estava fazendo 27º. Mentalizei bastante porque previ que dos 5 aos 10 Km seria difícil. Me concentrei tanto que não vi passar o 6º km, passei pelo 7º com 47' e não vi nem o 8º nem o 9º. Cheguei ao km 10 com 1 hora e 10 minutos. Neste ano, não tenho sequer lembranças das pessoas fantasiadas ao meu redor, de tanto que me concentrei.

Durante esta 2ª parte da corrida comecei a sentir início de cãibras na parte posterior da coxa esquerda. Apareceu uma barraca salvadora com bebida isotônica bem gelada. Alguns minutos após ingerir a bebida, passou a fisgada na coxa e pude retomar o trote.

A 3ª parte da prova já foi a dureza de sempre. Passei perto da Contraf-CUT (na R. Líbero Badaró, depois do Viaduto do Chá) no km 12 com um calor imenso no corpo.

Começo da subida da Brigadeiro... Energia total para terminar os quilômetros finais. Já estava emocionado porque já sentia que tudo iria dar certo e logo mais estaria virando a esquina da Av. Paulista lá no fim da ladeira infinita.

O último quilômetro foi de arrepios no corpo todo e emoção só sentida por quem pratica corridas de rua.

Não sei se é exagero dizer isso em relação aos outros anos porque todos foram difíceis, mas a felicidade do trote final e cruzar a linha de chegada foi muito grande. Sugiro a experiência a todas as pessoas.

Consegui completar minha 6ª corrida de São Silvestre. Estou bem. Não fiquei arrebentado. Tenho muita lenha pra queimar ainda!

Mais uma vez, termino um ano em que minha romaria em MG (80 km) foi perfeita, não me arrebentei e rolou tudo bem hoje na corrida de fim de ano.

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Tenho tanta coisa pra decidir sobre as possibilidades de foco e desafios em 2014, mas tenho a certeza de que continuo sendo uma pessoa muito obstinada e com gana em tudo que me disponho a fazer.
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Feliz ano calendário de 2014 pra todas as pessoas progressistas e que têm uma ideologia mais humanista e que não concordam com as mazelas do sistema capitalista de exploração do homem pelo homem.

Desejo também que os projetos da direita fascista e dos lacaios dos capitalistas não se realizem.


SOMOS FORTES, SOMOS CUT!
ESPERO CONVENCER PESSOAS A MUDAR ESTE MUNDO INJUSTO QUE ESTÁ AÍ!

A vida secreta de Walter Mitty - Comentário do Blog





Refeição Cultural

Sinopse

O filme aborda a vida do personagem Walter Mitty (Ben Stiller). Ele trabalha na revista Life e é o gerente responsável pelo departamento de arquivos de fotografias. Ele foi um garoto bem ativo na infância e adolescência, era skatista, até que seu pai faleceu.

Ele está apaixonado por uma colega de trabalho, Cheryl (Kristen Wiig), e a empresa foi comprada e está enfrentando uma grave reestruturação que vai demitir muita gente e fechar a edição em papel da principal revista Life.

A principal característica de Mitty é que ele dá uns apagões e durante alguns segundos viaja em sua mente com coisas que gostaria de fazer, mas que não tem coragem.

Ele recebe um pacote com negativos do importante fotógrafo Sean O'Connell (Sean Penn), mas a foto que ele pede para ser capa da última edição da revista Life desaparece e Mitty faz o possível e o impossível para encontrar a foto e o fotógrafo.


Imagens e fotografia

O filme é belíssimo pelas imagens da Groelândia, Islândia e Himalaia.

Para mim, também foi legal ver um filme que se passa em Nova York logo depois de ter estado lá dias antes. A estadia na cidade foi a trabalho e tive contato diário com o movimento social novaiorquino. Isso me faz confessar que gostei daquela cidade e do povo de lá.


Roteiro dialoga com realidade capitalista

O drama da empresa que foi adquirida e vai sofrer reestruturação com demissão em massa e pouco respeito pela vida de dedicação de centenas de trabalhadores é uma dura realidade que acontece todos os dias nos países do mundo. Que lixo fazerem isso com as pessoas!


Emoção

“Ver o mundo e seus perigos, ver atrás dos muros, chegar mais perto, encontrar o outro e sentir. Este é o propósito da vida”

Algumas cenas me emocionaram bastante e com certeza voltarão em minhas reflexões futuras. 

Mitty precisa tomar decisões entre sair da condição de dar uns apagões da realidade e realizar aventuras em sua imaginação e precisa encarar aventuras de verdade. Foi muito legal isso e quase todo mundo precisa passar por tal coisa um dia.

A mensagem do fotógrafo no alto do Himalaia é o ponto máximo do filme para mim. Estou com aquilo na cabeça.


Bom, o filme é excelente. Vou assisti-lo novamente.

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INSTANTES... AGORA VAMOS DORMIR e acordar para meu maior desafio do ano: conseguir percorrer e completar a São Silvestre nesta manhã de 31/12/13. Só minha cabeça poderá me levar até o fim, inclusive controlando meu corpo, que não está em condições físicas. Acredito que tudo dará certo...

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Post Scriptum (madrugada de 2/11/14):

Acabei de rever o filme. A mensagem do fotógrafo na montanha me tocou novamente. Alguns instantes são para se sentir, sem necessidade inclusive de registros (para os outros). É um momento único. Alguns instantes são a essência da vida.


Sobre a São Silvestre de 2013, deu tudo certo. Foi um desses instantes únicos da vida da pessoa, da minha vida. 

domingo, 29 de dezembro de 2013

Reflexões de fim de ano: projetos do breve ano seguinte

Eu (dirigente eleito) e minha irmã Telma (cipeira eleita).
Natal de 2013.

Reflexões de fim de ano: projetos do breve ano seguinte


Refeição Cultural


Estamos de volta a nossa casa, em Osasco, SP. Passamos o Natal com meus pais em Uberlândia, MG. Como a viagem de volta foi em ônibus durante toda a noite, estamos com certa sonolência e marasmo neste domingo em casa.

Tenho que limpar meu aquário e temos que limpar o apartamento. Teríamos que jogar coisas fora, porque não se cabe mais nada em casa. Se isso vai acontecer ou não, acho pouco provável que sim.

Estou aqui pensando na minha vida e nas decisões que tenho que tomar sobre aquilo que é programável em nossa existência. Digo assim porque, na minha opinião, poucas coisas são passíveis de planejamento e previsão nesta nossa vida tão imbricada com cada acontecimento que ocorre no mundo ao nosso redor.

Que papel este cidadão vai desempenhar na vida profissional e ou militante em 2014? Em quais projetos estarei focado no breve ano seguinte?

Destes projetos nos quais estarei envolvido, algum deles terá relação com minha pessoalidade, com minha subjetividade? Com o meu gostar mais que com o meu dever político e social?

Nossa existência é feita de perguntas e feita de encruzilhadas que temos que decifrar e escolher diariamente. E uma coisa interessante há nessas escolhas e trilhas feitas: se não formos agentes delas, seremos passageiros das circunstâncias que nos envolvem querendo ou não. É assim a vida.


A corrida de São Silvestre


Ah, antes que termine o longo ano de 2013, longo sob a ótica de quem trabalhou tanto, mas tanto, que achei que o ano nunca iria acabar, tenho ainda um desafio imenso pelas circunstâncias: participar da 89ª corrida de São Silvestre e conseguir percorrer os 15 km da prova, cruzando a linha de chegada em condições normais.

As dificuldades de calendário e agenda de trabalho me afastaram dos exercícios físicos regulares e hoje estou na véspera de uma corrida que me impõe um grande desafio em concluí-la.

Mais do que em todas as participações anteriores que tive na prova desde 2007, neste ano minha determinação e minha força de vontade estarão à prova, bem como meu corpo, que precisará me levar até a chegada. Mas eu gosto e preciso de desafios assim, às vezes, até perigosos para a saúde.


É isso. Na próxima terça 31, estarei na Paulista para minha sexta participação na corrida de São Silvestre.



PS: sobre os projetos? Muitas reflexões estão sendo feitas! (e, como disse, circunstâncias nos levam pela vida...)

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Poema: Mãos (Dirce Mendes)




Mãos

*(Dirce Mendes)

Que coisa linda que são as mãos!
A mão é aquela que pode bater,
mas também pode fazer afago e acariciar.
É aquela que pode construir,
mas que também destrói a todo momento.
As mãos podem trazer uma vida ao mundo,
mas também podem matar.

Use suas mãos como uma ferramenta
de construção, e não de destruição.
Quando olho para a mão de alguém
fico imaginando 
quanto mal e quanto bem
aquelas mãos já fizeram.

Nós podemos usá-las para deixar mensagens de vida,
através da arte, dos livros, escrevendo grandes obras,
fazendo grandes peças na escultura, e no desenho.

Sempre quando vejo mãos,
fico observando os movimentos, os toques,
fico imaginando como o mundo seria belo,
se as pessoas só as usassem para o bem!


Sou admiradora das mãos!


* Dirce Mendes é goianiense de Piracanjuba, é mãe de William Mendes, responsável por este blog Refeitório Cultural. 


Post Scriptum (6/04/16):

Este momento que guardo abaixo foi em Uberlândia, no dia 27/12/13. Família jogando Master.


Família jogando Master. Uberlândia, 27/12/13.

Frase na postagem: 

"PENSA UMA DIVERSÃO SAUDÁVEL... Cá estamos em Uberlândia jogando uma partida de 'Master' um jogo tipo 'Show do milhão', bem mais antigo... Quando a gente erra a pergunta, aprende do mesmo jeito!"

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Correndo pelas ruas: da maneira errada, mas pelos motivos certos!


(Atualizado em 6/04/16)




Refeição Cultural


“I Just felt like running…” (Apenas quis correr…) 

Forrest Gump



Estamos chegando ao fim do ano de 2013. Daqui a poucos dias estarei na largada da 89ª Corrida de São Silvestre, uma das mais tradicionais corridas de rua do Brasil. Serão 15 km de muitas subidas e descidas, porque a altimetria da prova é horrível.

Eu participo desta prova desde 2007. Será minha 6ª participação porque não corri em 2011 por protesto de mudarem o local de chegada daquele ano para o Parque Ibirapuera e não na Avenida Paulista.

De todas as minhas participações, esta será a que estou menos preparado fisicamente. Meu ano de trabalho e militância me consumiu em tempo integral de maneira que quase não consegui fazer atividades físicas. Que merda reconhecer isso!

Mesmo assim, preciso participar desta prova. Quero estar lá e quero ir até o fim dela, nem que seja me arrastando.



Apenas quis correr...



Uma das cenas mais profundas do filme Forrest Gump (EUA, 1994) é a parte em que ele sai correndo pelos Estados Unidos por 3 anos, 2 meses, 14 dias e 16 horas. Ele alegou a todos que simplesmente corria porque deu vontade, sem motivo aparente.

Quem é apaixonado pelo filme como eu, sabe que ele corria por sua mãe falecida, por seu falecido amigo Bubba, pelo seu amigo tenente Dan, e, principalmente, por Jenny, que havia acabado de chegar com jeito de quem ia ficar e o deixou novamente. Por tudo isso, Forrest corria. Correu para lidar com tudo isso, digerir o passado e pra seguir adiante.


E durante todo aquele tempo, em todas aquelas paisagens por onde ele passou, eles estavam com ele. Jenny estava lá...

Eu faço minha romaria de 80 km em Uberlândia todo ano para fazer a mesma coisa, para digerir as coisas e para buscar um sentido de seguir adiante. Correr também tem esse sentido.

...



Precisando muito correr...


Minha nossa! Como estou precisando correr! E meu corpo terá que me aguentar...

- A morte trágica daquela garota na semana passada...

(como está sendo difícil compreender ou aceitar)

- O caminho da encruzilhada que tenho que escolher...

(na vida ora escolhemos, ora somos escolhidos)

- As perdas profundas que nunca nos deixaram...

(vivemos com a sombra de ontem e o olhar no amanhã)

- A medição do que está valendo a pena...

(é tão difícil ter sabedoria pra medir isso)

- As vidas que dependem de você...

(na juventude, alimentamos a falsa ideia do que é ser livre)

- Seus vínculos com esta vida...

- As escolhas do porque lutar...


Preciso correr e caminhar muito por tudo isso!


Neste domingo de sol, corri 45 minutos. No meio da semana passada corri meia hora. Pelo estudo que estou fazendo de meu corpo e minha condição física, terei que aguentar correr por quase duas horas em um trote super lento, na casa dos 7 minutos o quilômetro. Não será fácil para meus tendões, músculos, e para a energia que há em minhas baterias celulares (tenho que combater a deprê, reverter a energia...).

Preciso dar um tempo nas coisas por esses dias...



Post Scriptum (6/04/16):

Essa foto abaixo é do dia 25 de dezembro, Natal de 2013.


Eu e a Noni. É lógico que o cabelinho meu
 tá até escondendo ela...

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Reflexões sobre a morte não natural e a dor alheia




Refeição Cultural (indigesta)

Após quinze dias de trabalho ininterrupto, desejei um fim de semana de descanso. E um pouco de paz, porque nossa vida sindical não é um mundo de paz. E o coração carece disso, às vezes.

Estou aqui fechando o domingo, quase meia-noite. Passei o dia no velório e enterro de uma jovem menina mulher. Ela faleceu no sábado. Não resistiu ao mal da contemporaneidade: a depressão. Vinte e poucos anos de vida que se interromperam. Possibilidades que não mais.

Agora, sozinho aqui no canto com o computador, sinto um aperto no coração que não deve chegar perto daquele que a mamãe dela está sentindo. Que coisa mais não natural aquela mãe enterrando sua filha! Filha que minha esposa acompanhou por mais de vinte anos. Que lhe ensinou as letrinhas, que lhe deu o primeiro diplominha. Que a viu crescer. Virar menina moça. Fazer faculdade. Virar professora como aquela que lhe alfabetizou. Virar uma menina mulher.

Passei a noite e madrugada do sábado e este domingo pensando na vida. Pensando nos porquês de uma vida perdida assim. Do mundo em que vivemos hoje.

A minha impressão é que as pessoas que estão chegando nestas gerações recentes, ao que me parece, não suportam mais a dor da existência. Um não-ter-alguma-coisa; um “não” em meio a ter tudo; um amor não correspondido; uma aparência não padrão; um gosto não padrão; uma depressão ou patologia vária; p
arte das pessoas dizem faltar fé ou um deus; enfim, as coisas duras e complexas da vida complexa. A vida está escorrendo por aí nos ralos.

Estou aqui pensando na mãezinha dela. Fico pensando na minha mãezinha... Eu vivo há décadas com a dor da existência, com crises de depressão, mas sobrevivi todo esse tempo aos meus piores momentos. Eu e vários das gerações anteriores. E olhando para trás, avalio que valeu a pena estar aqui. Já fiz muita coisa. As possibilidades foram muitas e rolaram.

Valeu a pena os livros que já li (faltam tantos ainda...); virei sindicalista alguns anos depois de uma crise de dor da existência e fiz de corpo e alma mais de uma década de luta sindical (contribuí para a classe trabalhadora); já corri cinco São Silvestres (e olha que sonho em correr uma maratona...); saltei de paraquedas; já vi meu filho passar dezesseis primaveras; tive a sorte de ter até este momento meus queridos pais vivos; já conheci locais que nunca planejei; conheci muita gente boa que faz a vida valer a pena; vi um metalúrgico virar presidente e mudar a vida de milhões de brasileiros...

Minha nossa! Essas possibilidades não existem mais para aquela menina. Não existem mais de forma integral para os pais dela, para sua irmã. Para aquele monte de gente que chorou por ela hoje. Que merda de mundo duro!

Estou com uma grande dor no peito hoje...


Pensei muito na minha vida neste fim de semana. Estou pensando ainda. Venho pensando muito na minha existência e no fazer coisas que valem a pena. Coisas que tragam satisfação a mim também. Avaliando se é maioria a quantidade de companheiros com a minha ideologia no meu espaço de luta e se ainda faço a diferença nas decisões a serem seguidas...

"Estar vivo é bom!"

Semanas atrás, lendo O tempo e o vento, de Érico Veríssimo, fiquei com a frase do capitão Rodrigo na cabeça, a sensação dele ao sobreviver após semanas entre a vida e a morte: ele levantou, olhou lá fora e pensou em várias possibilidades que teria novamente e pensou: estar vivo é bom!

Tem que valer a pena estar vivo. E vale a pena! As possibilidades a cada dia são imensas... de ser feliz com coisas substanciais e com coisas simples, materiais e imateriais...

A morte prematura e trágica daquela menina mulher me tocou profundamente. Que dor pra todo mundo. Não é justo pais enterrarem uma filha dessa maneira. O mundo está muito errado. Os valores estão perdidos. Mas o sistema que predomina no mundo (capitalismo) é um só há décadas e o humano é só uma coisa descartável. E por mais que as massas sofram devido ao sistema, as coisas não mudam. A ideologia dominante é a ideologia da classe dominante.

Como vamos resgatar nossos jovens do mundo? Como vamos resgatar as gerações de hoje e amanhã para um mundo onde a depressão e as síndromes psicossomáticas não sejam algo que avassale grande porcentagem da população? Onde os valores humanos e o trabalho sejam para o bem comum e não para o endeusamento do supérfluo e vazio daqueles que toparem o jogo?

Chega! Descanse em paz menina. Desejo muita força pra sua mamãe e pra todos que te amavam. Também estou muito amargurado.

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Post Scriptum: imaginem só, a menina adorava Beatles... passei essas duas horas ouvindo Beatles em homenagem a ela... “Something”, “In my life”, “Let it be”, “A day in the live”, “Don’t let me down”, “And I love her”, “Lucy in the sky with diamond”, “Hey Jude”… E chorando. E tentando compreender o porquê de tudo isso...

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

São Silvestre: em treinamento, corri meus primeiros 10K do ano


São Silvestre 2009
Tive um fim de semana conturbado em casa. Problemas...

Sabe o que foi que fiz para abstrair, buscar o ar profundamente e sobreviver? 

Fiz como o personagem Forrest Gump naquela parte maravilhosa do filme, quando ele calça seu tênis e sai correndo pelo país.

Neste domingo, depois de uma noite mal dormida, peguei meu tênis velho, calcei e fui correr.

Me concentrei bastante nos sinais de meu corpo para ouvi-los, porque estou com pouco preparo físico, e saí por aí correndo... 

Foi cansativo, mas fiz meus primeiros 10 K do ano em 65'.

É isso, correr é tudo de bom!

Depois comi um belo prato com muitas proteínas, carboidratos e minerais.

Já é madrugada e vou dormir como uma pedra...